quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Greve dos professores continua em Minas

(Foto: Divulgação / Sind-UTE/MG)
Professores da rede estadual de educação decidiram, na tarde desta quarta-feira (03), manter a greve da categoria, que começou no dia 8 de junho deste ano. Cerca de 800 servidores segundo a Polícia Militar e 6.000 segundo os organizadores, se reuniram em assembleia geral para discutir a proposta de reajuste salarial realizada pelo governo do estado. A reunião aconteceu no pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Eles reivindicam um piso salarial de R$ 1.597 para 24 horas semanais, previsto pela lei. E a decisão é uma resposta da categoria ao governo de Minas, que insiste em não abrir negociações. Na assembleia desta quarta-feira, estudantes também participaram com faixas e cartazes pedindo uma solução para o problema.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), o governo propôs um novo modelo de remuneração em que o vencimento básico e ganhos como gratificações são unificados. O modelo chamado de subsidio não agradou parte dos servidores da categoria e eles vão realizar uma nova reunião para discutir a situação no dia 9 de agosto.
Após a Assembleia Estadual, os trabalhadores em educação seguiram em passeata até o centro de Belo Horizonte, para um Ato Público em Defesa do Piso Salarial, nas escadarias da Igreja São José, com a presença de várias entidades, entre elas: Ordem dos Advogados do Brasil/MG (OAB); Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais; Regional Leste II da CNBB; Ordem dos Frades Carmelitas; Conferência dos Religiosos do Brasil; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST); Central Única dos Trabalhadores (CUT); Sindicato dos Eletricitários; Sindicato dos Auditores Fiscais (Sindfisco/MG); Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE); Internacional da Educação (IE); Associação Metropolitana de Estudantes Secundaristas (AMES).
A Secretaria de Estado de Educação reiterou, na tarde desta quarta-feira, que cumpre o piso salarial nacional definido pelo Ministério da Educação (MEC). De acordo com a secretaria, desde o início de 2011, o governo e a categoria se reúnem para discutir a situação e, em julho, o novo modelo de remuneração baseado em subsídio foi proposto.
Segundo a secretaria, o governo vai acompanhar as negociações feitas pela categoria para definir as novas medidas para a solução do problema e auxílio aos estudantes. Muitos alunos reclamam que a paralisação prejudica o ano letivo e etapas importantes da formação, como o vestibular.

Reinvindicações

Os trabalhadores em Educação reivindicam o imediato cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que regulamenta o Piso Salarial, que hoje é de R$ 1.597,87, para uma jornada de 24 horas e ensino médio completo. Minas Gerais paga, hoje, o Piso de R$ 369,00 que, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNTE), é considerado o pior Piso Salarial dos 27 estados brasileiros.
A direção do Sind-UTE/MG denuncia que o Estado não investe significativamente em um serviço essencial para o desenvolvimento social e rebate as acusações e inverdades amplamente divulgas em toda a mídia. Para isso estão disponibilizando em seu site oficial a cópia de um contracheque para justificar suas afirmações contra o Governo Estadual.
(Imagem: Divulgação / Sind-UTE/MG)
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