sexta-feira, 12 de agosto de 2011

PRF de Realeza prende suspeitos de sequestrarem taxista


Policiais rodoviário federais Rhodes e Wiris, que juntamente
com o policial Carvalho efetuaram a apreensão dos suspeitos
(Foto: E.C.Sette / PR)

Na tarde desta quinta-feira (11), os agentes Rhodes e Carvalho, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Realeza efetuaram uma perseguição a um taxi Corsa Classic por aproximadamente 45 km, da cidade de São João do Manhuaçu até a cidade de Fervedouro.
Segundo os agentes, eles davam cobertura a uma equipe que faz o levantamento do fluxo de veículos na rodovia BR 116 e que está instalada próxima ao trevo da cidade de São João do Manhuaçu, quando no momento em que foi dado o sinal para que o Corsa parasse para ser feita a pesquisa, ele evadiu-se, com o motorista jogando o carro para cima do agente Carvalho. Foi então feita a perseguição em alta velocidade, sendo o veículo interceptado quando tentava entrar em um bairro na cidade de Fervedouro.
No momento da interceptação, saíram três indivíduos do veículo que tentaram fugir, sendo imobilizados e dada voz de prisão a todos. Neste procedimento os agentes federais contaram com o auxílio de dois policiais à paisana que trafegavam pela rodovia e viram a perseguição.
Após a apreensão foi verificado que havia uma ocorrência feita às 22h40 da noite anterior por familiares do taxista Romário Marcelino de Oliveira, de 22 anos, informando seu desaparecimento e de seu veículo, o Corsa Classic placa HNY-1292 de Muriaé/MG, quando saiu para uma corrida no trajeto entre o Centro de Muriaé até o Hospital do Câncer (Fundação Cristiano Varella –FCV), naquela cidade.
Após a abordagem houve depoimentos conflitantes entre os suspeitos e o taxista. Segundo os dois suspeitos, Rony de Paulo Santos, de 22 anos e Vinícius Fernandes Cupertino, de 18 anos, o taxista os acompanhou de livre vontade até alguns pontos de droga na cidade de Belo Horizonte. Já o taxista relatou que foi colocado dentro do porta mala de seu carro, onde só foi retirado a uma distância aproximada de 100 km da capital mineira. E a partir daí ficou constantemente sob ameaças dos dois elementos, com uma faca na altura de seu pescoço, apresentando inclusive algumas marcas recentes de cortes nesta área do corpo. Diante dos depoimentos contraditórios, os agentes federais encaminharam os três indivíduos para a 6ª Delegacia Regional da Polícia Civil de Manhuaçu, sendo entregues para o delegado de plantão, Dr. Diógenes Curtinhas, que assumiu o caso.
“Nós verificamos que havia uma contradição entre os depoimentos dos autores e da vítima. Eles alegam que a vítima foi a um ponto de drogas e fazia o consumo das drogas juntamente com eles. Já o taxista apresenta algumas lesões no rosto e pescoço oriundas de objeto cortante, a qual, segundo o mesmo, foi utilizado para ameaça-lo para que ele fosse levado junto ao veículo. Não havendo mais como apurar essas informações, encaminhamos os três para a presença do delegado, que irá intimar algumas testemunhas, ratificando ou não esse flagrante”. Disse o policial Rhodes.

Qualificação de roubo

Após o Delegado de Plantão Dr. Diógenes Curtinhas ouvir os envolvidos, foi constatado não se tratar de sequestro, mas de roubo qualificado, pois em nenhum momento houve pedido de resgate para liberação da vítima. Foram apresentadas comunicações confirmando terem os familiares registrado ocorrência em razão do desaparecimento do taxista. Na interceptação, ficou constatado pelos agentes federais de Fervedouro tratar-se do veículo desaparecido da cidade de Muriaé e, em ato contínuo, foi identificado um dos condutores como sendo o taxista desaparecido.
Diante da apuração, o delegado plantonista decidiu ouvir o taxista como vítima, liberando-o às 04 horas da manhã, juntamente com seu veículo após a vistoria.
Segundo o advogado do taxista, Dr. André Zappalá, seu cliente foi vítima desde o primeiro momento em que aceitou fazer a corrida para os dois suspeitos.
“No ato da abordagem meu cliente empreendeu em fuga talvez por aflição ou pelo fato de estar sob pressão. Na delegacia, durante o depoimento e com a constatação de que a própria família havia feito ocorrências tanto na polícia rodoviária como na polícia militar de Muriaé a respeito de seu desaparecimento, ficou comprovado que o Romário é apenas uma vítima a mais em sua profissão, quando são contratados a realizarem corridas que em muitas das vezes os contratantes são pessoas desconhecidas”. Disse o advogado.
Os dois suspeitos estão à disposição da Justiça, sendo enquadrados e responderão pelo crime de roubo, provavelmente sendo transferidos para Muriaé.
O Corsa Classic roubado pelos suspeitos. No detalhe, um buraco da bala que atingiu o veículo durante a interceptação
(Fotos: E.C.Sette / PR)
Os suspeitos Rony de Paulo e Vinícius Fernandes após serem detidos, já no posto da PRF em Realeza
(Fotos: E.C.Sette / PR)
A viatura da PRF avariada após efetuar a interceptação do Corsa e as marcas causadas por objeto cortante no
pescoço do taxista Romário Marcelino de Oliveira
(Fotos: E.C.Sette / PR)
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