sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Realeza: Operação paralisa BR 262 e BR 116 por 30 minutos


O comboio aguarda o trânsito ser paralisado em Realeza
para travessia do entroncamento
(Foto: E.C.Sette / PR

Uma operação realizada na tarde desta sexta-feira (26) no entroncamento das rodovias BR 262 e BR 116 paralisou o trânsito por trinta minutos no Distrito de Realeza, em Manhuaçu. A paralização foi necessária para que quatro carretas que estão transportando torres atmosféricas para separação de petróleo pudessem passar pelo trevo nesta localidade. Pelo tamanho das torres, foi necessário que as carretas entrassem pela contramão neste trevo. A passagem por Realeza é apenas o início do que será vivenciado pelos moradores de Manhuaçu neste sábado, Reduto, Martins Soares e Ibatiba (ES) no início da próxima semana.
As carretas chegaram a Realeza por volta das 15 horas e a travessia teve início às 15h15, se completando às 15h45. A partir daí, as carretas saíram da BR 116 e tomaram o sentido de Manhuaçu pela BR 262. Elas seguem de Ipatinga, onde as torres foram produzidas, até Vitória/ES, onde serão colocadas em um navio que as levarão ao destino final, que é Recife/PE.
Após a passagem das carretas por Realeza, houve um congestionamento por mais 20 minutos no entroncamento, devido à retenção dos veículos. E pela rodovia até chegarem a Manhuaçu onde elas iriam pernoitar, foram gastos uma hora e cinco minutos para percorrer os doze quilômetros, causando uma fila de veículos de aproximadamente oito quilômetros atrás delas.
As torres atmosféricas são os equipamentos mais importantes de uma unidade de destilação de óleo cru em uma refinaria. Elas foram produzidas em Ipatinga pela Usiminas, sob encomenda da Petrobrás, para a Rnest, Refinaria do Nordeste, ou Refinaria Abreu e Lima, localizada no município de Ipojuca (região metropolitana de Recife) em Pernambuco, no Complexo Industrial Portuário de Suape. Este complexo é considerado atualmente o mais completo polo para a localização de negócios industriais e portuários da Região Nordeste.

Transporte das torres

Para o José Monteiro, supervisor de transportes
responsável pelo comboio, a previsão é que a travessia
pelo perímetro urbano de Manhuaçu leve cinco horas
(Foto: E.C.Sette / PR)
Cada torre é fixada em um reboque com 18 eixos contendo 08 rodas em cada eixo, que é puxado por dois cavalos projetados para transportes de carga pesada. Somando-se as rodas dos cavalos e dos reboques, todo o comboio totaliza 656 rodas, sem contar aí os veículos de escolta que acompanham os caminhões.
O comboio saiu de Ipatinga por volta das 12 horas de sexta-feira (19), levando sete dias para percorrer um trecho de pouco mais de 200 quilômetros, já que foi necessário passar por Governador Valadares.
Para José Monteiro Neto, supervisor de transportes da empresa que está transportando as torres, a previsão é de que a chegada ao porto de Vitória ocorra dentro de nove dias, desde que não haja nenhum imprevisto. Segundo ele em cada comunidade existem casos específicos que tornam necessárias as tomadas de medidas que permitam a passagem dos caminhões. É preciso efetuar desvios, como no caso do viaduto que corta a rodovia BR 116 com sentido a Ipatinga, pois as torres não passavam por baixo do viaduto. São necessárias também as retiradas de placas de sinalizações, de semáforos, de cabos de energia, de telefones e de TVs a cabo. Para isso existem três equipes de profissionais das empresas de telefonia e de energia elétrica que acompanham o comboio, preparando o trecho por onde as torres irão passar.
“Para passar pelo perímetro urbano de Caratinga nós levamos quase um dia inteiro para realizar a travessia, pois havia muitos cabos elétricos e de telefones para retirar e essas paradas é que tornam a viagem mais longa, pois não tem como prever o tempo que se gastará em cada localidade”, disse José Monteiro, apontando alguns problemas característicos de cada cidade existente às margens das rodovias.

Travessia por Manhuaçu.

As carretas ficaram estacionadas próximas a uma fábrica de adubos na entrada da cidade, onde  pernoitaram, com a retomada da viagem marcada para o início da manhã de sábado. De acordo com o supervisor, atravessar todo o perímetro urbano de Manhuaçu estava previsto que levaria em torno de cinco horas, com início por volta das 08 horas e conclusão às 13 horas. “Nossa equipe já está adiantando a retirada dos cabos e semáforos hoje à noite para que a saída ocorra dentro do horário previsto, procurando causar o mínimo de transtorno possível para a população”, disse José Monteiro na noite anterior à travessia.
Durante a travessia foram vários trechos com retenção nas duas pistas, além de dezenas de cabos, semáforos e placas que tiveram que ser movidos para a passagem do comboio. No trecho urbano, o procedimento demorou toda a manhã de sábado, causando grandes transtornos para a população que dependia da BR 262 para trafegar.
A travessia pelo entroncamento em Realeza levou 30 minutos e as carretas precisaram utilizar a contramão
(Fotos: E.C.Sette / PR)
Duas viaturas da Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Governador Valadares foram disponibilizadas para acompanharem
o comboio por todo o percurso (E). Cada carreta, somando-se os cavalos e os reboques têm 164 rodas (D)
(Fotos: E.C.Sette / PR)
Um grande congestionamento aconteceu no Distrito de Realeza nos quatro sentidos das duas rodovias que cortam o
lugar. Uma fila de aproximadamente 08 quilômetros se formou atrás do comboio até chegar em Manhuaçu
(Fotos: E.C.Sette / PR)
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