Uso da cadeirinha reduz morte de crianças no trânsito em 23%
Lei entrou em vigor no ano de 2010 (Foto: E.C.Sette / Arquivo PR) |
Estudo divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da
Saúde aponta que no primeiro ano de vigência da “Lei da Cadeirinha”, que obriga
o reforço da segurança no transporte automotivo de crianças, houve queda de 23%
no número de mortes de menores com até dez anos que viajavam de automóvel ou
caminhonete em comparação ao ano anterior.
O levantamento, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea), afirma que entre setembro de 2010 e agosto de 2011, primeiros
12 meses da lei em vigor, foram registrados 227 óbitos desse tipo. Já entre
setembro de 2009 e agosto de 2010, época que antecedeu a resolução 277 do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran), houve 296 mortes de crianças.
Entre setembro de 2005 e agosto de 2011, houve 1.556 óbitos
de crianças com até dez anos. Uma comparação feita com a média anual de mortes
de crianças que ocupavam carros nesse período (267,9) aponta queda de 15% na
taxa de mortalidade.
Maior parte das mortes ocorreram aos finais de semana
A pesquisa do Ipea aponta também que no período de setembro
de 2005 a agosto de 2011, a maior parte das crianças que morreu tinha até 2
anos de idade (32,10%). Já a maioria dos acidentes fatais com vítimas crianças
ocorreu aos sábados e domingo (42,5%).
Os dados fazem parte da campanha "Projeto Vida no
Trânsito", do governo federal, que tem o objetivo de realizar ações para
reduzir lesões e óbitos no trânsito até 2020. O levantamento do Ipea foi feito
pelas pesquisadoras Leila Garcia, Lúcia de Freitas e Elisabeth Duarte.
A Lei da Cadeirinha entrou em vigor em 1º de setembro de
2010 e obriga o uso de dispositivos de retenção para o transporte de crianças
em veículos que levem crianças com até oito anos de idade. O desrespeito rende
ao condutor sete pontos na carteira de habilitação, multa de pouco mais de R$
191 e a apreensão do veículo.
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