quinta-feira, 6 de maio de 2010

Professores descumprem Ordem Judicial e mantêm greve até próxima assembleia

Passeata realizada pelos professores após a assembleia que
decidiu pela permanência da greve
(Foto: Divulgação / Lander Franklin)
(Reportagem extraída de Uai.com em 06/05/2010) Professores da rede estadual de ensino desafiaram ordem judicial e decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira, pela manutenção da greve por tempo indeterminado. A paralisação da categoria, iniciada em 8 de abril, foi considerada “ilegal” pelo desembargador Wander Marotta, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), mas o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) optou pelo descumprimento da decisão.
Nesta quinta-feira, às 13h, o Ministério Público Estadual vai receber representantes dos profissionais, dos pais de alunos e da Secretaria de Estado de Educação para tentar solucionar o impasse. E, na próxima terça-feira, os professores se reúnem em nova assembleia em Belo Horizonte.
Os representantes de Manhuaçu, Fani Hott e Júlio Caetano
e Beatriz Cerqueira: Coordenadora Geral do Sind-UTE/MG
(Foto: Divulgação / Lander Franklin)
Além de considerar a greve ilegal, o desembargador do TJMG determinou, na terça-feira, o retorno imediato dos profissionais da educação a seus cargos, sob pena de multa de R$ 10 mil por cada dia de paralisação, limitada a R$ 500 mil. A ação civil pública, com pedido de liminar, foi ajuizada pelo governo do estado contra o sindicato. Em nota, o Sind-UTE informou que está se organizando para assumir a multa diária e que já recorreu da decisão judicial. O Tribunal de Justiça, no entanto, garantiu que não recebeu nenhum recurso até o início da noite desta quarta-feira.
A principal reivindicação dos professores é a implantação do piso salarial profissional de R$1.312,85 para jornada de 24 horas semanais e nível médio de escolaridade. Segundo o Sind-UTE, 60% dos trabalhadores aderiram ao movimento, o que representa 100 mil servidores estaduais. A Secretaria de Estado de Educação preferiu não divulgar balanço oficial da paralisação.

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