Professores rejeitam proposta do governo e ameaçam retornar com a greve
(Imagem: Reprodução) |
"Todas as possibilidades existem, inclusive de uma nova greve. Vamos avaliar o que for mais estratégico e interessante para os professores. Mas também existe a esperança de dialogarmos com o governo e revermos essa proposta salarial, que desse jeito é inaceitável", disse a coordenadora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira.
Segundo a sindicalista, o trabalho da comissão, criada após o fim da greve para elaborar a nova estrutura salarial para a categoria, não foi levado em consideração pelo governo.
Beatriz Cerqueira aponta três entraves na proposta: o aumento da jornada de trabalho de 24 para 30 horas semanais, o pagamento em parcela única do salário junto com as gratificações e a data de 1º de março de 2011 para a nova política salarial entrar em vigor.
"Não fizemos a greve para aumentarem nossa jornada, mas sim para termos um salário melhor. O governo está mudando a estrutura da carreira de professor para pior. Hoje, temos níveis de carreira. Quanto mais a pessoa estuda, mais tem que ser valorizado. Essa é a lógica da carreira, que o governo quer mudar. Não podemos chamar essa proposta de reajuste salarial. Ela muda a forma de remuneração, não oferecendo vantagens nem gratificações ao servidor".
O secretário-adjunto de Estado de Educação, João Filocre, que falou em nome do governo, disse que a proposta foi discutida com o sindicato nas seis reuniões da comissão. Filocre integrou o grupo de negociação. "Está tudo registrado em ata e não acreditamos em uma nova paralisação das aulas. Estamos tranquilos, pois as mudanças só vão beneficiar os professores e eles sabem disso. Não é obrigatório o aumento de horas de trabalho. Quem trabalhar mais ganhará mais".
Fonte: O Tempo
Portal Realeza