quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lançamento da 2ª edição do livro ‘A República do Silêncio’

O escritor Flávio Mateus dos Santos e os vereadores de
Manhuaçu presentes na Sessão Solene
(Foto: E.C.Sette / PR)
Na manhã desta quinta-feira (09), em Sessão Solene na Câmara Municipal de Manhuaçu, foi realizado o lançamento da 2ª edição do livro “A República do Silêncio’ do escritor Flávio Mateus dos Santos. A solenidade contou com as presenças de familiares e amigos do escritor e autoridades municipais.
Durante o evento, os vereadores Antônio Carlos Xavier da Gama, Maria Imaculada Dutra, Jorge Augusto Pereira, Fernando Gonçalves Lacerda, Gedival Bittencourt Breder e Renato César  Von Randow fizeram uso da palavra enaltecendo esta importante obra que engradece a história de Manhuaçu. Também foi dada a palavra ao escritor Flávio Mateus, que agradeceu o apoio da Câmara de Manhuaçu, da Prefeitura Municipal de Manhuaçu, da Câmara de Caratinga, Prefeitura Municipal de Caratinga, FUNPAC- Fundo do Patrimônio Cultural de Caratinga e FACIG - Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu, para a concretização do lançamento de seu livro.
O livro, nesta 2ª edição, traz fatos novos que enriquecem a obra. Como documentos que comprovam detalhes do movimento revolucionário que culminou com a criação da República do Manhuaçu, nos últimos anos do século XIX. Inclusive textos de Machado de Assis, noticiando na cidade do Rio de Janeiro, então Capital Federal, os acontecimentos ocorridos em nossa região. Estes documentos estavam de posse de um juiz aposentado daquela cidade, que tomando conhecimento da obra, decidiu procurar o escritor para apresentar o que até então eram consideradas apenas suposições dos relatos deste célebre escritor brasileiro.
Flávio Mateus tem a expectativa de que esta nova edição venha receber uma maior amplitude nacional, já que pretende encaminhar o livro para os grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, em busca de parcerias que permitam realizar um documentário sobre o evento deflagrado pelo Cel. Serafim Tibúrcio. Ele já realizou contatos nestes lugares com o objetivo de arrecadar fundos para esta nova empreitada. “Pretendo levar este projeto inclusive para programas de entrevistas para que as pessoas tenham acesso a este fato histórico acontecido em nossa região. Pois este material impresso é novo, que com certeza vai ter maior aceitação, uma vez que ele está com uma leitura mais acessível”, disse o escritor.

Novas pesquisas

Flávio Mateus com Toninho Gama, presidente da Câmara
Municipal de Manhuaçu e Jary Coelho Sette, sua
ex-professora em Realeza
(Foto: E.C.Sette / PR)
À medida que o historiador conseguia novas fontes de informações, descobria materiais que possibilitariam inclusive outras pesquisas em eventos ocorridos em épocas diferentes em nossa região, como a possível presença de Ernesto Che Guevara ensinando táticas de combate aos guerrilheiros no episódio conhecido como Guerrilha do Caparaó. Para Flávio Mateus, este e outros eventos que aconteceram por aqui no decorrer do século XX, apenas comprovam a natureza contestadora de nossa população. “Manhuaçu tem uma história política, com seu povo interligado intimamente com movimentos revolucionários, pelas várias manifestações acontecidas nas diversas etapas da História do Brasil, como a República do Manhuaçu ocorrida em 1896. Houve também a Guerrilha do Contestado, que provocou a invasão do Estado do Espírito Santo entre os anos de 1908 e 1912 e que foi liderada pelo Cel. João do Calhau, residente na cidade de Ipanema. Na década de 20 do século passado, teve um conflito na região de Alto Jequitibá entre a Igreja Católica e a Igreja Luterana, motivado por questões ideológicas entre religiões. Além destes eventos, há este ocorrido durante a ditadura militar iniciada em 1964. Todos estes acontecimentos revolucionários em nossa região levam a crer que a escolha da região do Caparaó tenha sido motivada pela cultura política contestadora do povo de Manhuaçu. Para isso será feito um estudo sociológico e antropológico para ver o perfil da população da nossa região para uma adequação que permita realizar um trabalho mais criterioso, que é o que sempre busco em meus projetos, para impedir que fatos fantasiosos encubram os verdadeiros acontecimentos de nossa história”, concluiu o escritor.
Familiares e amigos do escritor Flávio Mateus presentes na solenidade
(Foto: E.C.Sette / PR)
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