segunda-feira, 25 de abril de 2011

Número de hipertensos aumenta no Brasil

(Foto: Reprodução / André Brant / SES-MG)
No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, lembrado nesta terça-feira (26), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta a população para os cuidados que devem ser tomados para evitar este agravo, considerado uma doença silenciosa. A hipertensão é uma condição crônica que se caracteriza por valores elevados e sustentados de pressão arterial. Ela frequentemente se relaciona às alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo (coração, vasos sanguíneos, encéfalo e rins) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares.
No ano de 2010, foram registradas 32.471 mortes em Minas Gerais decorrentes de doenças cardiovasculares. Segundo o médico consultor da Coordenação Estadual de Hipertensão e Diabetes (Hiperdia), Aílton Cezário Alves Júnior, em linhas gerais, a pressão arterial é considerada normal quando seus valores estão menores que 120 mmHg para a pressão arterial sistólica e menores que 80 mmHg para a pressão arterial diastólica. É considerado pré-hipertensão quando os valores da pressão arterial sistólica estão entre 120-130 mmHg ou a pressão arterial diastólica está entre 80-89 mmHg. Acima desses números já é considerado hipertensão.
Grande parte dos casos de hipertensão arterial não tem causa aparente facilmente identificável, caracterizando a chamada hipertensão arterial primária. Entretanto, de 3% a 10% dos casos de hipertensão são decorrentes de uma causa identificável, que precisa ser devidamente diagnosticada, uma vez que a remoção do agente causador torna possível o controle ou a cura da hipertensão arterial. Nesses casos, tem-se a hipertensão arterial secundária, que apresenta como causas, as doenças renais e metabólicas.
Para Fernanda Santos Pereira, nutricionista e técnica do Hiperdia, o tratamento dos hipertensos deve considerar “a adoção de estilo de vida saudável, com redução do peso corporal, prática regular de atividade física, fim do hábito de fumar, moderação no consumo de álcool, redução no consumo de sódio e consumo de dieta rica em frutas, verduras e legumes”. Para valores de pressão arterial sistólica igual ou superior a 140-159 mmHg e diastólica igual ou superior a 90-99 mmHg, além das mudanças no estilo de vida, é recomendada a introdução de terapia medicamentosa.

Metade dos brasileiros com mais de 55 anos tem hipertensão

Dados do Ministério da Saúde mostram que metade dos brasileiros com mais de 55 anos de idade tem hipertensão. De acordo com o ministério, quanto mais a população vai envelhecendo, maior o risco de ter a pressão alta, fator que contribui significativamente para o surgimento de doenças cardíacas.
Na faixa acima de 65 anos de idade, 60,2% dos brasileiros têm a doença. A prevalência da hipertensão entre os jovens é bem menor. Na faixa de 18 a 24 anos de idade, somente 8% foram diagnosticados com a doença.
Nos últimos cinco anos, tem aumentado o número de brasileiros com hipertensão. Em 2006, 21,6% da população tinha a doença. Em 2010, essa taxa subiu para 23,3% - um recuo de 1,1 ponto percentual na comparação com o ano anterior. Apesar do crescimento registrado nos últimos anos, o ministro Alexandre Padilha avalia que a tendência é de estabilização dos indicadores.
Os dados divulgados nesta terça-feira (26) fazem parte da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônicos (Vigitel) de 2010, feita anualmente em todas as capitais brasileiras por servidores do ministério e da Universidade de São Paulo (USP).

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