Trio de golpistas que agiu em Manhuaçu é preso em Realeza
Materiais encontrados com os golpistas (Foto: Reprodução) |
Foram presos nesta quinta-feira (07) no Centro de Manhuaçu os elementos Marcos Aurélio de Castro Souza, 33 anos; Ana Lúcia Ribeiro da Silva, 41 anos; e Ilda Felix da Silva Sobrinho, 41 anos, após aplicarem o golpe do achadinho
Uma vendedora havia chamado a Polícia Militar, por volta de 11 horas, na Rua Luiz Cerqueira e contou que foi roubada por duas mulheres. Os policiais foram até o local e começaram a colher informações.
Com base em imagens do circuito de segurança de uma loja, o Sargento Anderson e sua equipe conseguiram visualizar a fuga das duas mulheres num automóvel Chevrolet Vectra de cor verde. As características do carro e do motorista foram divulgadas e o trio acabou sendo interceptado e preso em Realeza, numa ação conjunto da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.
Após o reconhecimento dos autores, a vítima, uma vendedora de 31 anos, confirmou que na verdade não se tratava de um roubo, mas sim do famoso golpe do achadinho, fato comprovado pelas imagens do circuito interno de vídeo da loja. “Ela não contou que tinha sido enganada. Somente depois das imagens é que nos disse que caiu no golpe do achadinho e tinha entregue a bolsa com documentos e 2.400 reais para as duas mulheres”, explica o militar.
O dinheiro foi recuperado na bolsa de Ana Lúcia Ribeiro da Silva, 41 anos, e no sutiã de Ilda Felix. A bolsa e documentos foram jogados na BR-262, próximo a Cachoeira Sette.
Achadinho
O trio de golpistas após a prisão em Realeza (Foto: Reprodução) |
A vendedora foi vítima do golpe dentro do Banco Itaú. De acordo com as informações da vítima, a autora Ilda deixou cair propositalmente um pacote contendo dinheiro, a princípio R$100,00 em cédulas de dois reais. Preso por elástico, o pacote fazia volume e aparentava ter muito mais dinheiro do que o real. Na fila do banco também estava a autora Ana. “As duas convenceram a vítima a sair do banco para recompensá-la por ter ‘achado’ o dinheiro. Já na Luiz Cerqueira, Ilda Félix disse que as duas seriam recompensadas por terem a ajudado”, explica o Sargento Anderson.
Para ganhar a confiança da vendedora, Ilda disse para Ana ir até uma loja, ao lado do Ministério do Trabalho, e buscar a recompensa de 100 reais e uma joia. “Ela falou que o patrão não deixava entrar com bolsa na loja. Ana saiu, deixou a bolsa e voltou toda feliz. Na realidade, a vendedora não sabia que Ana era comparsa de Ilda. Ela ficou empolgada, entregou a bolsa e foi. Quando percebeu o golpe, as duas autoras já tinham ido embora”, detalha o Sargento.
O trio preso em Realeza disse que estava vindo de Vitória (ES) e que moram em Belo Horizonte, mas a polícia desconfia. “A nossa suspeita é porque achamos no carro um recibo de transferência da Caixa Econômica de Caratinga de quarta-feira, dia 6. Todos os três têm passagem pela polícia e as características batem com golpes do achadinho aplicados no final de 2010 e início desse ano aqui na região”, ressalta o militar.
Policiais militares que participaram da ação e o carro apreendido que foi utilizado no golpe (Foto: Reprodução) |
Com informações do Portal Caparaó e fotos de Carioca