segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vacinação contra a Febre Aftosa começa em 1º de maio

Estima-se que 22,6 milhões de bovinos e bubalinos sejam
vacinados em todo o Estado de Minas Gerais
(Foto: Divulgação / IMA)
Terá início dia 1º de maio a etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra a Febre Aftosa nos rebanhos dos principais estados pecuários brasileiros e no Distrito Federal. O lançamento oficial da vacinação, que se estende até o dia 31 de maio, acontece no dia 3, às 10 horas, no Parque Fernando Costa, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, durante a solenidade de abertura da 77ª Expo Zebu.
Em Minas Gerais, a expectativa do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é que nas 330 mil propriedades rurais distribuídas nos 853 municípios mineiros, sejam imunizados 22,6 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades. O diretor-geral do IMA, Altino Rodrigues Neto, salienta que a erradicação definitiva da febre aftosa em Minas Gerais ainda necessita que a vacinação dos animais seja mantida em todo o seu território. “Só depois é que poderemos pensar na retirada gradativa da vacina, mesmo assim, por faixa etária dos bovinos, começando pelos mais velhos”, afirma. “É necessário que estejamos certos da retirada da vacinação em nosso Estado”, diz Altino Rodrigues Neto. “Precisamos buscar mercados, mas temos que ter a mais absoluta segurança para não comprometer as conquistas já alcançadas”, diz.
Nos últimos anos Minas Gerais adquiriu um conceito de seriedade e credibilidade do trabalho desenvolvido pelos produtores rurais, lideranças e órgãos governamentais, que precisa ser preservado. É uma conquista que está representando a possibilidade estratégica de sua inserção no mercado nacional e internacional da carne bovina. “Ainda agora, durante a realização, em Recife (PE), da reunião anual da Comissão Sul-americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa), que aconteceu no início de abril, medidas importantes foram adotadas para a uniformização dos trabalhos que deverão ser executados pelos países na erradicação da doença no continente sul americano”.
A principal decisão foi a criação de um fundo específico - mantido pelos setores privados das nações que formam a entidade. O recurso será utilizado no financiamento de cooperação técnica e apoio à erradicação do vírus da febre aftosa nos países que registraram casos recentes da doença, como Equador, Venezuela e Bolívia. O Brasil deverá colaborar com cerca de US$ 300 mil por ano.
Os programas de erradicação da febre aftosa da América do Sul mantêm uma cobertura de 100% do território (17,6 milhões de km²), com uma população animal estimada em mais de 325 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos. Desse total, cerca de 88% são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livres da enfermidade. Apenas 11,2% estão em áreas que não são consideradas imunes da doença.
A estrutura dos serviços veterinários oficiais dos países integrantes da Cosalfa conta com 2.663 unidades locais de atenção veterinária, que incorporam um contingente humano formado por 7.238 profissionais. A grande maioria está lotada no campo (93%) e apenas 7% trabalham em laboratórios.
Os recursos financeiros destinados á execução dos programas nacionais de erradicação da aftosa alcançaram US$ 1,06 bilhão no ano passado, sendo US$ 652,9 milhões investidos pelo setor público e US$ 415,7 milhões da iniciativa privada. Em 2010, na América do Sul, foram disponibilizadas 567,2 milhões de doses de vacina contra febre aftosa para uso nos programas nacionais de erradicação.

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