Minas comemora redução da mortalidade materna
(Foto: Marcella Marques / SRS-JF) |
O dia 28 de maio celebra o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Infantil. A data ainda festeja internacionalmente a Ação pela Saúde da Mulher. Minas Gerais apresenta um motivo adicional para comemorar. A Razão de Mortalidade Materna (RMM), segundo números preliminares, aponta redução de 30% em relação ao índice apurado em 2000, quando foi registrada uma RMM de 43,86 a cada 100 mil nascidos vivos. Os números deste ano registram RMM de 33 a cada 100 mil nascidos vivos. Os números ainda estão sujeitos à revisão.
Estas importantes realizações na área da saúde da mulher e da proteção da gestante podem ser encaradas como fruto de uma política implantada a partir de 2003. Segundo a coordenadora Estadual de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente, Marta Alice Venâncio Romanini, além do foco assistencial na Atenção Primária, com a ampliação do Programa de Saúde da Família, o Viva Vida, que oferta serviços de atenção secundária são fundamentais para que a redução continue ano após ano. “Na atenção primária buscamos fazer o acompanhamento das gestantes, com o pré-natal. Caso haja fatores de risco, a futura mamãe é encaminhada a um dos 24 Centros Viva Vida existentes no Estado, para que seja monitorada. Na gravidez precoce, por exemplo, pode haver risco da gestante adolescente ter pré-eclâmpsia”, esclarece.
Outro importante instrumento adotado pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), é o Plano Diretor da Atenção Primária, que viabilizou, por meio das linhas guia e das oficinas de capacitação, procedimentos de monitoramento junto às gestantes de alto risco, e ainda organizando os processos de trabalho. Também se buscou a melhoria da atuação dos profissionais, que passaram a fazer o pré-natal corretamente, com as seis consultas necessárias.
Viva Vida
Com vistas à saúde da criança em situação de risco e a sexual e reprodutiva de homens e mulheres, bem como das vítimas de violência sexual, os Centros Viva Vida disponibilizam serviços, como a mamografia e a urodinâmica. As gestantes de alto risco que necessitam do Centro Viva Vida podem realizar pré-natal, incluindo o ultrassom e a cardiotocografia.
Enquanto isso, o recém-nascido com menos de 2,5 kg e/ou prematuro recebe acompanhamento. Ações de planejamento familiar de nível secundário, incluindo a vasectomia ambulatorial, também são executadas no Centro. Já as vítimas de violência sexual e doméstica contam, ainda, com um atendimento multidisciplinar.
Todas essas ações atendem às expectativas do Viva Vida, ampliando o acesso e melhorando a qualidade na assistência. O Viva Vida é um programa que reúne uma série de medidas com a finalidade de reduzir as taxas de mortalidade infantil e materna. A meta é reduzir a Taxa de Mortalidade Infantil, no quadriênio de 2007-2011, em 15%. Essa Taxa em 2006 era de 16,8 mortos por mil nascidos vivos. O público-alvo do programa são mulheres em idade fértil do Estado, aproximadamente cinco milhões, e cerca de 300 mil crianças com até um ano de idade.
Os serviços abrangem desde consultas ginecológicas, orientação para planejamento familiar, até o atendimento especializado às gestantes de alto risco e a recém-nascidos em situação de risco. As ações do programa se estendem desde o treinamento de parteiras, onde essa prática ainda existe, até investimentos em maternidades, com instalação, por exemplo, de UTI neonatal e adulto, passando pela criação dos Centros Viva Vida de Referência Secundária.
Já foram inaugurados em todo o Estado 24 Centros Viva Vida: Brasília de Minas, Itabirito, Santo Antônio do Monte, Janaúba, Capelinha, Frutal, Governador Valadares, Sete Lagoas, São Lourenço, Lavras, Taiobeiras, Januária, Juiz de Fora, São João Del-Rei, Leopoldina, Santa Luzia, Patrocínio, Campo Belo, Jequitinhonha, Manhuaçu, Diamantina, Itabira, Viçosa e Teófilo Otoni.
Outras ações, como incentivo ao aleitamento materno, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, triagem neonatal, vacinação e controle de doenças prevalentes na infância também são considerados fundamentais ao sucesso do programa. “O Viva Vida vem sendo implementado de acordo com o princípio da equidade do SUS, o que significa priorizar relativamente as microrregiões com maiores taxas de mortalidade infantil e materna”, finaliza Marta Alice.
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