Após manifestação, ponte provisória é liberada para carretas na BR 381
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(Foto: Alex de Jesus / O Tempo) |
O assessor de imprensa da PRF, inspetor Aristides Júnior, reconhece que há risco de acidentes, já que muitas carretas rodam acima de 60 t, peso máximo que a estrutura da ponte suporta. Os caminhões do tipo bitrem e rodotrem vazios também passaram a ter acesso à ponte. "As carretas podem rodar até 60 t. O problema é que os caminhoneiros trafegam acima desse limite. A nota fiscal pode constar 60 t, mas muitos burlam isso. Nesse caso, haveria risco de a ponte ceder, sim, por exemplo, por causa da sobrecarga", diz. O DNIT nega que haja perigo.
O engenheiro civil da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Hélvio Piancastelli demonstra preocupação com a liberação do trafego. "Uma ponte projetada para aguentar 60 t costuma suportar um pouco mais, talvez 65 t. No entanto, essa é uma estrutura provisória e a reserva de segurança costuma não ser a mesma da definitiva. Também pode haver risco se duas carretas passarem juntas e a soma do peso for superior a 60 t", explica o especialista.
Segundo o DNIT, a ponte tem 50 m. O órgão garantiu que, até o fim da próxima semana, irá instalar uma balança em cada sentido da rodovia.
Transtornos
A negociação antes da liberação da BR-381 foi longa. O resultado de 14 horas de interdição foi muito transtorno para quem precisava passar pela rodovia. Edson Garcia, um dos manifestantes, diz que a insatisfação dos caminhoneiros que estão proibidos de rodar no local desde 20 de abril, quando a ponte cedeu, chegou ao limite. "Não dava mais para continuar. O transtorno é enorme. Temos o direito de ir e vir", afirma.
Com informações e imagem do site do Jornal O Tempo