quinta-feira, 17 de junho de 2010

Educação: Permanece impasse entre servidores e Governo de Minas

Beatriz Cerqueira, coordenadora do Sind-UTE/MG discursa
durante assembleia dos servidores
(Foto: Lander Franklin / PR)
Na manhã e princípio da tarde desta quinta-feira (17) aconteceu no Salão de Convenções do CREA-MG a reunião do Comando Geral com o objetivo de discutir cinco pontos já apresentados no início desta semana através de nota oficial pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). São pontos discordantes com os anseios da categoria e que são considerados insustentáveis para que se possa aprovar a proposta feita pelo governo para por fim ao impasse gerado desde a deflagração da greve no início do ano letivo e que perdurou por quase 50 dias. Diante da proposta enviada pelo governo à imprensa, os pontos a serem intercedidos pelo Sind-UTE/MG são:
-Permanência dos índices de porcentagem atuais da progressão horizontal e vertical

-Rejeição do aumento do quadro da jornada de trabalho de 24h para 30h
-Esclarecimento dos índices de reajustes do subsídio (data base da categoria)
-Retroceder a data de pgto do dia 1º de março para 1º de janeiro de 2011 como havia apresentado o governo anteriormente.
-Permanência das vantagens já adquiridas (biênio, quinquênio e outros)
Membros da comitiva da região de Manhuaçu: Everaldo,
Fani Hott, Júlio Caetano e Lander Franklin ao lado de
Beatriz Cerqueira, no instante que a coordenadora
falava com o Portal Realeza
(Foto: Lander Franklin / PR)
Segundo a nota publicada no site do sindicato, o Termo de Acordo assinado entre Sind-UTE/MG e Governo Estadual previa que uma comissão de trabalho apresentasse propostas de modificação dos vencimentos básicos e remuneração de todos os servidores estaduais da educação. Porém, sem que a comissão terminasse os trabalhos, o governador Antônio Anastasia apresentou sua nova política remuneratória para o setor. Com o impasse gerado após a apresentação desta proposta, os servidores levaram para votação a alteração destes pontos divergentes, em assembleia que foi realizada a partir das 14hs na Praça da Assembleia, no Centro da capital. Este local foi o mesmo palco das demais assembleias realizadas no decorrer da paralisação.
Em contato por telefone, a coordenadora do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira expôs a indignação dos professores com a proposta feita pelo governo. “Não podemos aceitar esta proposta da forma que nos foi apresentada, pois na verdade ela cria um aumento irreal para a categoria. Com esta nova política remuneratória, o governo procura iludir os profissionais da educação, apresentando números velados que apenas como valor absoluto parece criar um aumento salarial”.
Ficou definida reuniões regionais para avaliar com maior profundidade as proposições e, principalmente, alterar os pontos da proposta que consideram inviáveis, além de uma nova paralisação geral marcada para a próxima terça-feira (22) e quarta-feira (23), para decidirem o desfecho das negociações com o governo e acompanhamento junto a Assembleia Legislativa de Minas Gerais da votação do projeto de lei a ser encaminhado pelo Estado.

Clique AQUI para ver a Proposta de Tabela de Subsídios do Governo de Minas para a Educação

Com informações de correspondentes em Belo Horizonte

Portal Realeza

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