domingo, 29 de agosto de 2010

Mulheres já são a maioria entre novos empreendedores no Brasil

(Foto: Reprodução)
Elas não querem mais apenas ter o mesmo salário dos homens, nem as mesmas chances de emprego. As mulheres, no Brasil, querem mesmo é ser donas dos próprios negócios. É o que diz a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita em parceria com o Sebrae. Em 2009, de cada cem empreendimentos em estágio inicial, 53 eram liderados por mulheres e 47 por homens. Esta é a primeira vez que a proporção de mulheres empreendendo superou a de homens. Dois anos antes, elas estavam à frente de 40% dos novos negócios.
Ainda segundo a pesquisa GEM, apenas dois países no mundo estão à frente do Brasil em empreendedorismo feminino: Tongo, com 61%, e Guatemala, com 54%. E as brasileiras estão investindo em negócios cada vez mais planejados e consistentes. O diagnóstico é baseado no percentual de empreendedores por oportunidade, que no ano passado foi de 53,4% para mulheres.
Juliana Trivellato, 24, foi uma que aproveitou o bom momento para inovar. Aos 22 anos, ela resolveu trancar a faculdade de direito para abrir uma franquia de uma agência de viagens no bairro Floresta, região Leste da capital. "As lojas desta rede eram só em shoppings ou em áreas nobres da capital. E eu conheço a região da Floresta, sei que tem uma classe média que já conquistou a casa própria e, agora, tem dinheiro sobrando para investir em lazer", conta. E foi um tiro certeiro. A dona da primeira loja de rua da rede conta que, em pouco mais de um ano, conseguiu recuperar os R$ 150 mil investidos no negócio e já está pensando em abrir mais uma franquia na região. "No início, foi difícil, pois tive que me impor diante de funcionários com muita experiência de mercado. Todo mundo me olhava com aquela cara: o que você entende de turismo? Quero ver esta advogada se virar. E eu me virei", conta, orgulhosa.
Segundo Mara Veit, gerente de atendimento ao empreendedor do Sebrae, a nova mulher está partindo para negócios diferenciados, que oferecem um algo a mais para o cliente. No ramo de negócios, os empreendimentos estão mais voltados para serviços nas áreas de saúde, bem-estar e qualidade de vida. "São spas, salões de beleza, clínicas de estética, mas todos com um olhar diferenciado, oferecendo atendimento personalizado e investindo na personalidade do negócio", explica.

(Imagem: Reprodução / O Tempo)
Fonte: O Tempo online

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