CGU: Apurada fraude no Bolsa Família em Divino
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| Jorge Hage, ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (Foto: Agência Brasil) |
Relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), divulgado na sexta-feira, aponta irregularidades na distribuição, por parte das prefeituras, de recursos do programa Bolsa Família nas cidades mineiras de São Joaquim de Bicas, Mateus Leme, ambas na Grande BH, e Divino (Zona da Mata).
Conforme cruzamento de informações da folha de pagamento das administrações municipais com a relação de beneficiários do programa, as possíveis fraudes envolvem servidores públicos com perfil de renda diferente do previsto nos critérios para concessão do auxílio. A CGU levantou 192 casos suspeitos.
Em Divino, a CGU confrontou a relação de beneficiários do Bolsa Família e a folha de pagamentos, identificando 24 famílias que apresentavam renda incompatível com a exigida e com pelo menos um membro funcionário da administração local.
No município de São Joaquim de Bicas, os fiscais constataram o pagamento “indevido” de parcelas do Bolsa Família a servidores da prefeitura. O cruzamento de informações revelou 140 casos em que ao menos um integrante da família era funcionário da prefeitura, com renda mensal incompatível com os critérios de concessão do auxílio.
“Damos uma cesta básica no valor de R$ 112. Esse valor é contabilizado pela CGU e acaba interferindo na renda do servidor. Além do mais, existem erros no preenchimento dos cadastros”, disse o prefeito Toninho Resende (PMDB).
Em Mateus Leme, a fiscalização da CGU revelou que servidores da prefeitura são beneficiários do programa com perfil de renda diferente do previsto nos critérios para concessão do auxílio. O confronto da folha de pagamento com a lista dos beneficiários apontou 28 famílias em situação irregular. Os prefeitos Marlon Guimarães (PDT), de Mateus Leme, e José da Silva (DEM), não foram encontrados para falar da fiscalização.
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