Matipó sediará curso de produção de pimentas
(Imagem: Reprodução) |
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com a Faculdade Vértice (Univertix), realiza, no dia 30 de abril, o primeiro curso sobre produção de pimentas no município de Matipó, no Leste do Estado. O evento é destinado a produtores rurais, técnicos e estudantes.
Por meio de palestras e atividades práticas, o curso abordará: o manejo e a adubação da cultura da pimenta; o manejo alternativo de pragas que atingem a cultura; a identificação de inimigos naturais das pragas da pimenta; e demonstrações do preparo da calda sulfocálcica como método para controle de ácaros na plantação. A programação começa às 7h30, seguida da abertura do evento pelo coordenador do Centro de Pesquisa da Epamig Zona da Mata, Trazilbo José de Paula Júnior, e pelo diretor-geral da Univertix, Lúcio Flávio Sleujs.
As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na unidade da Epamig em Viçosa, na Zona da Mata, à Vila Gianetti, nº 47, ou na Univertix, em Matipó, à Rua Bernardo Torres, nº 180, bairro Bom Retiro. A taxa é de R$ 50,00.
Mercado
A produção de pimentas é um dos melhores exemplos de integração entre agricultor e agroindústria. Além de consumidas in natura, podem ser processadas e utilizadas em diversas linhas de produtos na indústria de alimentos para consumo interno e exportação. A pesquisadora da Epamig, Cleide Ferreira Pinto, uma das palestrantes do curso em Matipó, destaca que as perspectivas da pimenta no país são promissoras, já que produtos manufaturados como molhos, conservas e geleias têm aberto novos mercados.
Dados da Emater-MG revelam que, em 2008, foram comercializadas 300 toneladas de pimentas em Minas Gerais, movimentando cerca de R$ 616 mil. “O desafio é controlar pragas e doenças que podem atingir as plantações”, destaca a pesquisadora da Epamig, Madelaine Venzon, que também fará palestra no 1º Curso de Produção de Pimentas de Matipó. As principais pragas são ácaro branco, pulgões e broqueadores de frutos.
“Não existem acaricidas e inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a cultura da pimenta no Brasil. No entanto, o principal método de controle das pragas utilizado pelos produtores é o químico, muitas vezes baseado em aplicações de calendário, apesar do pouco sucesso no controle”, ressalta a pesquisadora.
A técnica da Epamig alerta que o uso incorreto desses produtos tem acarretado graves problemas, tais como intoxicações aos produtores, contaminação ambiental e presença de resíduos nos frutos. Isso porque o prazo de carência não é respeitado, já que os produtos são aplicados nas plantas com pimentas em diferentes estágios de maturação. “Soma-se a isso o custo dessas aplicações, o que tem onerado a produção, que é predominantemente familiar. Além disso, o uso indiscriminado dos ingredientes ativos pode levar a problemas de resistência por parte de populações das pragas”, observa Madelaine Venzon.
O uso integrado de métodos de controle - incluindo o cultural, o controle biológico e o uso de produtos alternativos, tais como as caldas fitoprotetoras e extratos botânicos - é a indicação para minimizar os prejuízos causados pelas pragas na cultura da pimenta.
Serviço:
Evento: 1º Curso de Produção de Pimentas de Matipó
Local: Faculdade Vértice (Univertix), rua Bernardo Torres, nº 180, bairro Bom Retiro, Matipó (MG)
Data: 30/04/2011
Horário: 7h30 às 12h15
Contatos: Epamig - (31) 3891-2646 / Univertix - (31) 3873-2199
Portal Realeza
portalrealeza@portalrealeza.com