Safra de café será 9,5% menor em 2011
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A safra brasileira de café este ano deve somar 43,54 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, de acordo com o segundo levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), divulgado nesta terça-feira. A redução de 9,5% na comparação com os 48,09 milhões de sacas de 2010 é justificada pelo ciclo de baixa produtividade do café. O grão alterna um ano de alta produtividade e um de baixa (bienalidade). Além disso, a área plantada no país diminuiu 0,31%, passando de 2,289 milhões para 2,282 milhões de hectares.
Mesmo com a queda, o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Silvio Porto, ressaltou que os anos de baixa produtividade vêm ficando cada vez mais próximos dos de alta. Além disso, segundo ele, as exportações de aproximadamente 34 milhões de sacas de café nacional no ano passado e os preços mais altos estimulam a produção e devem ter reflexos nas próximas safras.
A produção total deste ano deve ser dividida entre 32,18 milhões de sacas de café arábica (73,9%) e 11,36 milhões de sacas de robusta (26,1%). Enquanto a primeira variedade tem 67,9% de sua produção concentrada em Minas Gerais, mais de 70% da segunda estão no Espírito Santo.
A pesquisa foi feita entre 3 e 29 de abril por técnicos da Conab e de instituições parceiras. O levantamento de campo foi às áreas de maior produção dos estados de Minas Gerais, do Espírito Santo, de São Paulo, da Bahia, do Paraná e de Rondônia.
Preços altos reduzem consumo mundial
O consumo internacional de café deverá crescer em um ritmo mais lento em 2011 em comparação com o ano passado. E pode mesmo nem aumentar neste ano, segundo afirmou o diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), José Sette à agência Bloomberg. Segundo ele, no ano passado o consumo mundial de café alcançou 134 milhões de sacas, um volume 2,4% superior ao de 2009. O motivo para o movimento, afirmou, é o elevado preço que a commodity acumula no mercado internacional desde o início do segundo semestre do ano passado. Em contrapartida, as atuais cotações tendem a estimular investimentos em regiões produtoras de Minas Gerais, o que tende a elevar a oferta no médio e longo prazos.
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Com informações do jornal Valor Econômico