Escola de Realeza dinamiza programa de inclusão de alunos especiais
Aluno Surdo Roney juntamente com Intérprete Rafael Maximiano que coordenou todo o Projeto (Foto: Divulgação) |
Realeza - A Escola Estadual Dr. Eloy Werner, localizada no distrito de Realeza está colocando em prática o plano de inclusão para os seus alunos especiais, e realiza projetos para desenvolver a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O projeto foi desenvolvido através da Educação de Jovens e Adultos (EJA), onde durante o período de 10 de junho a 15 de julho todos os alunos frequentes neste projeto tiveram aulas teóricas e práticas para aprender alguns itens da língua de sinais como saudações, cultura dos surdos e a história da língua. Os alunos estiveram sempre acompanhados pelo intérprete de Libras Rafael Carneiro Maximiano, coordenador do projeto e também por alguns professores, que se colocaram a disposição juntamente com a direção da escola, na pessoa de seu diretor, Júlio Caetano Dias, que incentivou e apoiou todo o trabalho realizado.
A professora Michelle Oliveira também se propôs a trabalhar com esse conteúdo na disciplina que leciona. Para ela, a partir do momento que a escola passou a acolher os alunos especiais, precisou se adaptar à nova realidade e dispor em seu quadro de funcionários de pessoas capacitadas para esta função. Mas ela afirma também que não basta somente isso, apesar da escola possuir agora estes profissionais, se torna necessário que todo o ambiente escolar se integre a esta realidade, para que estes alunos se sintam realmente parte da escola.
Profª Michelle Oliveira (Foto: Divulgação) |
“Nós professores encontramos muita dificuldade em ministrar aulas inclusivas devido à falta de formação específica nesta área, durante muito tempo esta formação não fez falta, pois não tínhamos alunos com necessidades especiais, hoje essa realidade é bem diferente, a escola já tem alguns alunos surdos, autistas e cadeirantes que precisam de pessoas capacitadas para atendê-los. A escola tem professores de apoio preparados para atender os alunos com necessidades especiais, mas estes alunos precisam interagir com todos e isso é fundamental para que se sintam bem no ambiente escolar. Pensando nisso o professor de Libras, Rafael, desenvolveu um belíssimo trabalho com algumas turmas do Ensino Fundamental e Médio, ele deu noções básicas da Língua de Sinais para que professores e alunos pudessem se comunicar com os alunos surdos que estudam nessa escola”, disse Michelle.
Ao final do curso, o resultado desta experiência era encarado como positiva pelo coordenador, os professores e também pelos alunos.
“Nós alunos da Escola Estadual Dr. Eloy Werner tivemos a oportunidade de termos aulas práticas sobre Libras sendo passadas noções básicas. Aprendemos frases do dia a dia, localidades, tempo, humor, frases para nos ajudar a compreender quem tem essa deficiência. Em minha opinião é importante e valiosa para toda a classe e deveria ser oferecido a todas as redes de ensino”, comentou o aluno Wallace Brito da Silva.
“Foi importante assistir as aulas de Libras, com elas aprendemos a nos comunicar com pessoas especiais, podendo assim fazê-las sentir incluídas na sociedade e sentir-se bem no convívio social. Mais importante ainda foi aprender a nos comunicarmos com o nosso colega de sala utilizando sua própria Língua”, completou a aluna Neura Lopes.
“Poderia ter começado desde o início do ano, porque foi muito boa esta experiência que tivemos. Pois não sabíamos como nos comunicar com as pessoas que não podiam ouvir e nem falar. Agora temos uma ideia de algumas coisas aprendendo tudo em pouco tempo. Achamos uma boa ideia este tipo de aula e além de tudo é muito importante a aula de Libras, porque as pessoas que têm esse tipo de problema não sabem o que nós estamos falando, e nem nós sabemos os sinais que eles fazem”, analisou a aluna Ilma Gomes.
A professora Michelle falou da importância de todas as instituições educacionais que possuem em seu quadro discente crianças e jovens especiais, se comprometa com a inclusão plena destes ao ambiente e que as experiências aprendidas a cada dia na escola Dr. Eloy Werner seja transferida às outras escolas: “A escola tem dado os primeiros passos para se tornar uma escola inclusiva, pois inclusão não se faz apenas com acessibilidade e professores capacitados, mas também por um ambiente agradável em que as crianças tenham condição de interagir com todos e para que isso ocorra é preciso vencer preconceitos e dar condição a todos os alunos de aprender a língua de sinais”, concluiu.
Aluno Surdo Roney juntamente com outro colega ensinando o alfabeto em Libras (E). Aluna Neura em dinâmica em grupo (D) (Fotos: Divulgação) |
Profª Laura Angélica Oliveira de Paula (E). Aluno Wallace Brito da Silva (Fotos: Divulgação) |
Com informações TEMPO+ (tempomais.com)