segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Índice de infestação do mosquito da dengue em Vilanova preocupa autoridades de Saúde

Agentes de Saúde vistoriando caixas d’água
no município de Manhuaçu

(Foto: E. C. Sette / TEMPO+)
Manhuaçu - O último Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) realizado pelos agentes da Vigilância Ambiental de Manhuaçu apontou em seus quatro extratos que no município o índice de infestação do Aedes aegypti, conhecido como mosquito da dengue está em 0,3%. De acordo com este órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde, o índice é inferior ao aceito pelo Ministério da Saúde, que é abaixo de 1% e mostra que a cidade está no caminho certo para evitar nova epidemia da doença neste verão. Porém, no extrato realizado no distrito de Vilanova houve um índice de 1,8% de focos. Este número é muito acima do aceitável pelo Governo Federal e preocupa as autoridades municipais.

A coordenadora do setor de Vigilância Ambiental de Manhuaçu, Emilce Estanislau Muniz explicou que o LIRAa é dividido em quatro extratos nas áreas mais populosas do município, sendo três extratos na cidade de Manhuaçu e um extrato no distrito de Vilanova, que possui a maior concentração urbana fora da cidade. Os extratos de Manhuaçu são divididos por área, sendo o primeiro nos bairros existentes na saída da cidade no sentido de quem segue para Realeza, o segundo na região central e o terceiro nos bairros próximos às saídas para Reduto e Santana do Manhuaçu.

O LIRAa foi realizado no período de 28 de outubro a 1ª de novembro e Emilce destacou que ele aconteceu após as chuvas, quando já houve a eclosão dos ovos dos mosquitos no ambiente. Ela lembrou, porém, que se for separado por extrato, o índice sofre grande alteração. O terceiro extrato apresentou um foco positivo do mosquito transmissor da doença no bairro Matinha, na zona urbana da cidade, sendo o único foco encontrado no perímetro urbano de Manhuaçu. Mas o quarto extrato, que foi realizado no distrito de Vilanova apresentou um índice considerado alto para o Ministério da Saúde e preocupante para as autoridades municipais de Saúde.

“Este índice encontrado em Vilanova está muito acima do índice de 1%, que já é considerado pelo Ministério da Saúde como um número de risco. Lá já estava acontecendo um trabalho de intensificação de tratamento, com o auxílio da Força Tarefa do Estado que esteve presente no distrito juntamente com a equipe de mobilização e adiantou bastante estes trabalhos, mas percebemos que teremos que empreender novas ações naquela comunidade”, informou Emilce.

A coordenadora apontou que de acordo com os resultados apresentados pelo LIRAa o foco principal de infestação do mosquito foram as caixas d’água. Ela informou que este resultado foi principalmente devido ao distrito de Vilanova, já que naquela comunidade 75% dos focos foram encontrados neste tipo de ambiente. Os outros 25% foram encontrados em materiais inservíveis (lixo). Todos os focos foram encontrados nos domicílios.

“Deste modo precisamos voltar a chamar a atenção das pessoas sobre o cuidado com o próprio imóvel. Já é sabido que 80% dos focos são encontrados no domicílio, então é preciso que a população procure vedar bem as suas caixas d’água, desentupir calhas, retirar a água das lages após as chuvas e observar os objetos que estejam parando a água no quintal ou ao redor das casas, com atenção especial nos ralos, bandejas dos refrigeradores, pratos das plantas, vasilhas de água para os animais e outros recipientes de um modo geral”, explicou Emilce.

Apesar do índice baixo e satisfatório de focos do mosquito da dengue encontrados no município, a coordenadora afirmou que a população não pode baixar a guarda e imaginar que a cidade estará livre de uma epidemia no próximo verão. Ela lembrou que neste mesmo período do ano passado, o LIRAa apontou resultados semelhantes, com índice de infestação de 0,4%. E nos primeiros meses deste ano Manhuaçu enfrentou a maior epidemia da doença em sua história.

“É prematuro comemorarmos neste momento. A vigilância tem que se manter, o trabalho tem que se manter. A população tem que ficar alerta porque as chuvas estão começando agora, juntamente com o calor, ou seja, o início de uma estação favorável para a proliferação do mosquito. Então é precipitado de nossa parte dizer que se pode baixar a guarda e ficar tranquilo”, concluiu a coordenadora.


Com informações <strong>TEMPO+ (tempomais.com)

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