Educação: Projeto deve passar sem mudança
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A bancada governista, maioria na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, afirmou ontem que manterá como está o projeto de lei n°4.689/10, que propõe reajuste no salário e mudanças no plano de carreira dos professores do Estado. Com isso, várias reivindicações da categoria, ainda insatisfeita com a proposta do Executivo, serão desconsideradas. Já a oposição promete apoiar nova paralisação caso as reivindicações dos servidores sejam ignoradas.
O deputado e secretário geral do PSDB em Minas, Lafayette de Andrada, argumenta que o projeto do governo contempla exigências antigas dos professores e, por isso, não precisa ser alterado. Ele afirma que grande parte da categoria aceita as propostas - o problema estaria com uma minoria, "tomada por interesses políticos".
"Tive acesso ao texto e sei que esse projeto é fruto do trabalho de entendimento das duas partes, governo e os representantes da categoria (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais - Sind-UTE). Ele contempla reivindicações antigas e atuais dos professores", argumentou Lafayette Andrada.
Caso o governo não ceda, o líder da oposição, Padre João (PT), promete estimular os professores a retomarem a greve, que entre abril e maio desse ano deixou estudantes 48 dias sem aula. "Até agora não obtive retorno sobre as alterações propostas pelo Sind-UTE. Se não houver negociação e alteração no projeto, a única alternativa será a retomada de greve", afirmou.
O secretário adjunto de Estado de Educação, João Filocre, disse que as mudanças no salário e carreira dos professores só trazem vantagens aos servidores. "Não sei como os professores até agora não conseguiram enxergar as vantagens dessa nossa proposta. Basta fazer os cálculos e ver", disse.
Tramitação
Como o projeto de lei foi enviado à Assembleia com pedido de urgência em sua apreciação, os deputados devem votá-lo em primeiro e segundo turnos até quarta-feira.
E, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da data-limite para votações de leis em ano eleitoral, o governador Antonio Anastasia tem até dia 30 deste mês para sancioná-lo.
Fonte: O Tempo
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