domingo, 13 de junho de 2010

Estudo da ANTT prevê praça de pedágio entre Realeza e São João do Manhuaçu

Entroncamento das rodovias BR 116 e 262 em Realeza
(Foto: E.C.Sette / PR)
Após estudo realizado pela Agência Nacional de Transporte Terrestre – ANTT, que levantou o número de veículos que circulam por dia na BR 116 no trecho da divisa com Rio de Janeiro, em Além Paraíba, até a divisa com o estado da Bahia, e as condições em que se encontram a estrada, foi criado um projeto que deve possibilitar a criação de praças de pedágio, após a privatização da estrada.
No trecho entre além Paraíba e Realeza, já estão previstos quatro pontos de pedágio que possivelmente devem ficar localizados: 1 próximo a Leopoldina, 1 no km 707 próximo ao distrito industrial em Muriaé, 1 em Fervedouro e outro próximo a São João do Manhuaçu.
Segundo informações contidas no site da ANTT - As praças de pedágio devem ser localizadas de forma a evitar um grande efeito de fuga em função do início da cobrança de pedágio, além de evitar fortes impactos sobre a demanda, em função do valor da tarifa. A localização deve priorizar o pagamento de tarifa sobre o tráfego que utiliza o sistema, evitando proximidade aos principais núcleos urbanos. Desta forma, busca-se canalizar o ônus do pagamento da tarifa para os usuários que utilizam maiores extensões rodoviárias (viagens de média e longa distância) e ampliar a aceitação por parte da comunidade ao reduzir os impactos do pedagiamento sobre as viagens entre os núcleos urbanos mais próximos.

Os custos

Sob a ótica de uma distribuição justa do custo de manter e operar o sistema, o ideal seria localizar as praças a intervalos pequenos e com tarifas menores, ampliando a conformidade entre a distância percorrida e a tarifa paga pelo usuário. No entanto, praças de pedágio muito próximas implicam em aumento dos custos de implantação, operação e manutenção das mesmas, acarretam em interrupções freqüentes dos fluxos de tráfego causando desconforto para o usuário e aumento do tempo de viagem, além de trazer em maiores impactos sobre as viagens mais curtas, em áreas de concentração urbana.
Para a localização mais adequada de praças devem ser considerados os seguintes aspectos, conforme recomendações do DNIT:
-Evitar os trechos urbanos não apenas para minimizar problemas com as comunidades locais, mas também para reduzir os custos com desapropriação;
-Observar as condições topográficas e geotécnicas às margens da rodovia, reduzindo os custos do alargamento da via e dando preferência aos trechos de aterro por facilidades construtivas;
-Evitar localização em trechos de rodovia que coincidam com vias alternativas e a fuga do pedágio pela passagem auxiliar da praça de arrecadação;
-Procurar trechos com greide em torno de 1%, preferencialmente com fluxos chegando à praça em rampa ascendente, facilitando a manobra de desaceleração;
-Trechos com tangente mínima em torno de 800 metros;
-Trechos que não apresentem obras-de-arte, de modo a minimizar os custos para o alargamento da pista;
-Observar a localização das praças de pedágio previstas ou em operação nos segmentos adjacentes ou em rodovias transversais.
Um dos enfoques para a análise de sistemas de cobrança de pedágio concentra-se na análise do espaçamento entre as praças de pedágio, uma vez que este é fator condicionante para a formação da receita e conseqüentemente para avaliação da capacidade de financiamento do projeto.

Estrutura tarifária

Saída de Realeza para São João doManhuaçu. Trecho deve receber praça
de pedágio segundo estudo da ANTT.
(Foto: E.C.Sette / PR)
A estrutura tarifária vigente nas concessões rodoviárias federais e na maioria dos estados brasileiros se baseia no preço cobrado para um automóvel de passeio - que corresponde a um eixo de caminhão. Já para os caminhões é cobrado um valor relativo ao número de eixos que o compõem. Este conceito, ainda que de forma simplificada, busca aplicar tarifas proporcionais à solicitação do pavimento exercida pelos diferentes tipos de veículos.
A Tabela de Categoria de Veículos apresenta os fatores da multiplicação para a
Tarifa de Pedágio, para os vários tipos de veículos considerando seu respectivo número de eixos.

BR116 em Minas Gerais

A BR-116, conhecida como Rio - Bahia, fundada em 1958 é a principal rodovia brasileira, sendo também a maior rodovia totalmente pavimentada do país. É uma rodovia que tem início na cidade de Fortaleza, no estado do Ceará e término na cidade de Jaguarão, no estado do Rio Grande do Sul, na fronteira com o Uruguai.
A extensão total da rodovia é de aproximadamente 4.385 quilômetros, passando por dez estados, ligando cidades importantes como Pelotas, Porto Alegre, Caxias do Sul, Curitiba, São Paulo,São José dos Campos, Taubaté, Resende, Barra Mansa, Rio de Janeiro, Além Paraíba, Leopoldina, Muriaé, Fervedouro, São João do Manhuaçu, Realeza, Caratinga, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Vitória da Conquista, Feira de Santana e Fortaleza.


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