sábado, 9 de outubro de 2010

Maior parte dos eleitos para a Câmara nasceu em Minas Gerais

(Foto: Reprodução)
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul são os estados de nascimento de 51,4% (264) dos 513 deputados federais eleitos no último dia 3.
As bancadas estaduais na Câmara dos Deputados representam a população de cada uma das unidades federativas do país.
Mas, se em casos como o de São Paulo e Rio de Janeiro a diversidade da origem da população é refletida nos deputados federais eleitos, estados como Rio Grande do Sul, Ceará e Amapá elegeram apenas um migrante para representá-los.
Um levantamento listou os estados de nascimento dos 513 deputados federais eleitos (Confira no quadro abaixo).
No topo da lista estão os mineiros: são 67 deputados nascidos em Minas Gerais eleitos pelo país – 44 no próprio estado e 23 em outros.
Em segundo lugar, aparecem os paulistas – 66 no total, dos quais 50 eleitos por São Paulo.
Depois, vêm os 50 fluminenses, 35 deles eleitos pelo Rio de Janeiro.

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(Imagem: Reprodução / G1)
 Maior diversidade

Com 70 vagas na Câmara, São Paulo elegeu parlamentares nascidos em 11 estados brasileiros. Além dos 50 paulistas (71,4% da bancada), são 5 mineiros, 3 fluminenses, 2 paranaenses, 2 baianos, 2 pernambucanos, 2 norte-riograndenses, 1 cearense, 1 paraibano, 1 alagoano e 1 rondoniense.
No Rio de Janeiro, foram eleitos 46 deputados: os 35 fluminenses (76%), 2 paulistas, 2 mineiros, 1 baiano, 1 paranaense, 1 pernambucano, 1 sergipano, 1 goiano, 1 gaúcho e 1 capixaba.
Dos mais de 41 milhões de habitantes do estado de São Paulo, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) de 2009, 31,3 milhões são paulistas. As maiores populações de migrantes são as de mineiros (2,1 milhões), baianos (1,98 milhão), pernambucanos (1,2 milhão) e paranaenses (1,2 milhão).
No Rio de Janeiro, de acordo com o IBGE, são 15 milhões de habitantes, divididos entre fluminenses (13,2 milhões), mineiros (577 mil), baianos (224 mil), pernambucanos (208 mil) e paulistas (154 mil), dentre outros.

Apenas um migrante

Entre os estados que elegeram apenas um migrante, destaca-se o Rio Grande do Sul. Com uma bancada de 31 deputados, tem 96,8% de gaúchos em sua representação parlamentar. O único “estrangeiro”, nascido no estado vizinho, Santa Catarina, considera-se “cataúcho”.
“Na verdade, minha família é gaúcha, mas meus pais se mudaram por um período e nasci em Caçador (SC). Sou ‘cataúcho’, apaixonado pelos dois estados”, afirma o deputado federal reeleito Luiz Carlos Busato (PTB), 62 anos. Quando Busato tinha 4 anos, a família voltou ao estado de origem, onde ele estudou, formou-se em arquitetura e começou a carreira política.
“Acho que o gaúcho aprecia quem trabalha para ele. Não é porque é branco, negro, gaúcho, catarinense, homem ou mulher. Nunca me perguntaram a minha origem”, analisa o deputado, que diz não acreditar ser o famoso “bairrismo” gaúcho o responsável pela composição da bancada.

Apenas um 'local'

Se alguns gaúchos, cearenses e amapaenses elegeram apenas um migrante, Rondônia é um dos que tem só um deputado federal eleito nascido no próprio estado: Marcos Rogério (PDT), 32 anos. “Não fazia ideia disso, só sabia que era o mais novo da nossa bancada”, contou o político ao G1.
“O nosso estado tem uma composição bem mista. Faço parte de uma nova geração, mas a força de quem veio de fora ainda é muito grande aqui em Rondônia”, analisa. Nascido e criado em Ji-Paraná, Rogério comemora a votação expressiva que teve na cidade: 11 mil dos mais de 15 mil que recebeu para garantir a oitava vaga na bancada rondoniense.
Segundo os dados da PNAD, mais de 50% dos moradores de Rondônia nasceram no Estado (818 mil, de 1,531 milhão). Entre os migrantes, destacam-se paranaenses (156 mil), mineiros (99 mil), capixabas (62 mil), paulistas (51 mil) e mato-grossenses (49 mil). Completam a bancada do estado na Câmara deputados nascidos em São Paulo (2), Minas Gerais (2), Mato Grosso (1), Piauí (1) e Rio de Janeiro (1).

De sul a norte

Dentre os deputados eleitos que nasceram em uma região do país e acabaram fazendo a carreira política em outra, está Henrique Oliveira (PR), 49 anos. Nascido em Florianópolis (SC), Oliveira morou ainda em Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Brasília antes de se fixar em Manaus em 1994.
“Eu costumo dizer que sou da integração nacional. A mãe é gaúcha, o pai é paraense, a mãe dos meus filhos é mineira. Dois filhos são mineiros e dois amazonenses. Vou poder levar para a Câmara essa radiografia que eu tenho do país. Vou trabalhar pelo Amazonas, mas também pelo Brasil”.

Fonte: G1

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