Indústria de Minas cresce acima da média nacional em 2010
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Confirmando o perfil generalizado de crescimento observado ao longo de 2010, a indústria mineira registrou expansão acumulada de janeiro a outubro da ordem de 16,9%, avanço superior aos 11,8% apurados na média nacional. A informação foi divulgada, na manhã desta terça-feira (07), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao divulgar a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física - Regional, que produz indicadores de curto prazo, desde a década de 1970, relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação.
Conforme a pesquisa, a produção industrial brasileira, contudo, cresceu apenas em quatro dos 14 locais pesquisados na passagem de setembro para outubro de 2010. Os estados que mais se destacaram foram a Bahia (5,4%) e o Espírito Santo (3,8%). Os outros resultados positivos foram observados no Rio de Janeiro (0,7%) e em Minas Gerais (0,1%), enquanto Santa Catarina (0,0%) repetiu o patamar do mês anterior.
As taxas negativas foram registradas na região Nordeste (-0,1%), São Paulo (-0,5%), Pernambuco (-0,6%), Pará (-0,7%), Rio Grande do Sul (-0,8%), Amazonas (-3,3%), Goiás (-4,5%), Ceará (-5,9%) e Paraná (-7,6%).
No confronto com outubro de 2009, a produção industrial nacional registra avanço há 12 meses, sendo a taxa de 2,1% a menor expansão do período. O resultado menos intenso refletiu não só o efeito do menor número de dias úteis (um a menos que igual mês do ano passado) como também a elevação da base de comparação, pois o segundo semestre do ano anterior mostrou ritmo mais intenso que o primeiro.
Em termos regionais, esse comportamento também foi observado na maior parte dos locais pesquisados, uma vez que houve clara perda de ritmo em outubro frente aos resultados do primeiro semestre e do terceiro trimestre de 2010, todas as comparações com igual período do ano anterior. A redução na intensidade do crescimento também se confirma no número de áreas em expansão, já que, em outubro, nove apontaram taxas positivas, número menor que o verificado nos seis primeiros meses do ano e no terceiro trimestre.
Ainda na comparação com outubro de 2009, destaca-se a expansão de dois dígitos de Goiás (20,0%), impulsionada pelos avanços na fabricação de alimentos e bebidas, e do Espírito Santo (11,3%), explicada pelo crescimento da indústria extrativa. As demais altas ocorreram em Minas Gerais (7,0%), Pará (6,2%), Bahia (5,3%), Rio de Janeiro (3,7%), região Nordeste (2,7%), São Paulo (2,5%) e Pernambuco (2,3%). Os cinco locais com recuo na produção foram Amazonas (-2,1%), Paraná (-2,8%), Ceará (-3,3%), Rio Grande do Sul (-3,7%) e Santa Catarina (-3,8%).
No indicador acumulado para os 10 meses do ano, todos os locais alcançaram taxas positivas. Com avanços superiores aos 11,8% assinalados na média nacional, além de Minas Gerais com 16,9%, situam-se Espírito Santo (26,7%), Amazonas e Goiás (ambos com 18,1%), Paraná (15,8%), Ceará (12,9%) e Pernambuco (12,5%).
São Paulo (11,6%), parque industrial com maior participação na estrutura industrial do país, região Nordeste (11,0%) e Bahia (10,2%) prosseguiram com taxas de dois dígitos. Nesses locais observa-se o maior dinamismo da produção da indústria automobilística (automóveis, caminhões e autopeças), de setores produtores de eletroeletrônicos (eletrodomésticos “linha branca” e “linha marrom”) e de máquinas e equipamentos, além das atividades associadas às commodities exportadas (minérios de ferro e produtos siderúrgicos).
Os demais resultados positivos foram observados no Rio de Janeiro (8,7%), Pará (8,3%), Rio Grande do Sul (7,5%) e Santa Catarina (6,9%).
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