sábado, 16 de julho de 2011

Dep. Federal João Magalhães fala da necessidade de apoiar os hospitais da região

(Foto: Divulgação)
A crise instalada na rede de Saúde no Brasil alerta a região da Zona da Mata. Vários Hospitais, inclusive os localizados em grandes centros, estão fechando as portas por motivos diversos. Em discurso na cidade de Abre Campo, na semana passada, o deputado federal João Magalhães (PMDB) alegou que as instituições de saúde dos pequenos municípios estão passando por uma deterioração, uma vez que a remuneração pelos serviços pagos pelo SUS é baixa, “ou até mesmo ridícula”, completou o parlamentar.
Segundo o deputado, a maioria dos municípios menores é carente, assim como os hospitais que atendem pelo SUS. “Quando o atendimento é particular, as pessoas procuram um grande centro onde temos hospitais mais avançados. Com isso, os pequenos centros médicos estão sofrendo muito. Essa é nossa grande preocupação. Estamos ajudando vários hospitais como o de Raul Soares, Matipó, Abre Campo, Ipanema, Manhuaçu, entre outros, para que não fechem as portas”, explicou João.
O hospital de Abre Campo recebeu R$ 400 mil
verbas do governo federal para sua manutenção
(Foto: Divulgação)
Durante a solenidade em Abre Campo foi entregue pela Cemig um autoclave (equipamento para esterilização de material cirúrgico). Em seguida, o deputado visitou as instalações do Hospital Nossa Senhora da Conceição, onde está sendo feitas amplas reforma. “Estamos felizes por não deixar que o centro médico feche as portas. Conseguimos cercar de R$ 400 mil para manutenção do hospital e este ano já colocamos uma emenda para mais R$ 200 mil”, informou o deputado.
Ainda de acordo com o parlamentar, o grande problema do hospital é a manutenção. “Não adianta ficar enchendo de equipamentos. Com estes repasses você adquire material de consumo é uma economia para o estabelecimento. È hora de investirmos em manutenção e não construção” reitera.
João disse que nos últimos dois anos foram fechados 108 hospitais nas cidades do interior não. Hoje, cerca de 97% dos procedimentos são realizados pelo SUS, “que remunera muito pouco, infelizmente”, completa.
O deputado lembrou que há aproximadamente oito anos atrás, o HCL passava por uma séria crise financeira e foi ajudado graças a um recurso do Governo Federal. Na época, o provedor do Hospital era Michel Hannas. “Hoje o HCL está tomando uma dimensão bem maior. A partir do momento que ele começa a atender a alta complexidade é melhor remunerada pelo SUS. Assim começa a ter uma renda melhor e também passa a atender mais aos particulares, desafogando um pouco os hospitais. Em muitos municípios existe uma parceria entre os hospitais e as prefeituras. Em Manhuaçu, por exemplo”. Disse o deputado.
“Em outros municípios, como Matipó, a Prefeitura corta o elo. Lá o prefeito não tem nenhuma parceria com o hospital. Se não conseguirmos nenhum recurso para fazer a manutenção do centro médico, ele fecha, a exemplo do hospital de Rio Casca, que sempre fecha e abre as portas e depende muito do Executivo Municipal”, conclui.

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