Comboio congestiona trânsito nas BR 262 e BR 116 em Realeza
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(Foto: E.C.Sette / PR) |
Um comboio transportando torres atmosféricas para separação
de petróleo congestionaram o trânsito das rodovias federais BR 116 e BR 262 em
seu entroncamento no Distrito de Realeza, em Manhuaçu. As carretas chegaram a
Realeza às 08h50 da manhã desta terça-feira (29), vindo do Distrito de
Vilanova, onde pernoitaram. A passagem pelo entroncamento necessitou de uma
operação de fechamento das duas rodovias para que os veículos pudessem utilizar
a contramão do trevo. Esta paralização durou 25 minutos. Um grande congestionamento
se formou nos quatro sentidos das duas rodovias. E para complicar o trânsito
caótico, uma carreta transportando vagão de trem-de-ferro que estava logo atrás
do comboio ficou com o fundo preso no balão do trevo. O trânsito no local só
voltou ao normal às 10 horas da manhã.
A passagem deste comboio por Realeza foi apenas o início do
que também foi vivenciado pelos moradores de Manhuaçu ainda nesta terça-feira e pela cidade de Reduto. Transtornos parecidos serão vivenciados pelas cidades de Martins Soares e Ibatiba (ES) nos próximos dias. As carretas
seguem de Ipatinga, onde as torres foram produzidas, até Vitória (ES), onde
serão colocadas em um navio que as levarão ao destino final, que é Recife (PE).
As torres atmosféricas são os equipamentos mais importantes
de uma unidade de destilação de óleo cru em uma refinaria. Elas foram
produzidas em Ipatinga pela Usiminas, sob encomenda da Petrobrás, para a Rnest,
Refinaria do Nordeste, ou Refinaria Abreu e Lima, localizada no município de
Ipojuca (região metropolitana de Recife) em Pernambuco, no Complexo Industrial
Portuário de Suape. Este complexo é considerado atualmente o mais completo polo
para a localização de negócios industriais e portuários da Região Nordeste. Em 26
de agosto passado, outras quatro carretas passaram com equipamentos deste tipo.
Na época também houve grande transtornos por todas as cidades que se encontram
às margens das rodovias. De acordo com funcionários da empresa de transporte
das torres, estas são as quatro últimas da encomenda feita pela Rnest.
Para ser realizado este transporte, Cada torre é fixada em
um reboque com 20 eixos contendo 8 rodas em cada eixo, que é puxado por dois
cavalos projetados para transportes de carga pesada. Somando-se as rodas dos
cavalos e dos reboques, todo o comboio totaliza 720 rodas, sem contar aí os
veículos de escolta que acompanham os caminhões. Todo o trajeto entre as
cidades de Ipatinga e Vitória tem previsão de ocorrer em até 15 dias, desde que
não haja qualquer imprevisto, de acordo com o responsável pelo transporte das
torres. Em cada comunidade existem casos específicos que tornam necessárias as
tomadas de medidas que permitam a passagem dos caminhões. É preciso efetuar
desvios, como no caso do viaduto que corta a rodovia BR 116 com sentido a
Ipatinga, pois as torres não passavam por baixo do viaduto. São necessárias
também as retiradas de placas de sinalizações, de semáforos, de cabos de
energia, de telefones e de TVs a cabo. Para isso existem três equipes de
profissionais das empresas de telefonia e de energia elétrica que acompanham o
comboio, preparando o trecho por onde as torres irão passar.
Carreta com vagão de trem fica presa no trevo
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(Foto: E.C.Sette / PR) |
Dentre os inúmeros veículos que estavam no congestionamento
que se formou na rodovia BR 116 no sentido de Vilanova para Realeza, estavam
duas carretas que vinham também de Ipatinga com destino a Paulínia (SP). Elas transportam
um vagão de trem cada. A primeira carreta, ao tentar contornar o balão do trevo
agarrou o fundo do semirreboque no asfalto, paralisando as rodovias por mais 15
minutos. Foi necessário que a carreta que seguia logo atrás com o outro vagão
contornasse a rodovia virando no pátio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e
pudesse parar na frente do caminhão que se encontrava preso. Com a ajuda de uma
corrente a carreta foi puxada até que se desagarrasse.
Uma fila de veículos pode ser vista acompanhando o comboio
na BR 262 em direção a Manhuaçu. Este percurso deve levar aproximadamente 90
minutos nos pouco mais de 12 km até as proximidades da fábrica de
fertilizantes, na entrada da cidade, onde elas aguardarão o momento de
atravessarem o perímetro urbano de Manhuaçu.
Passagem por Manhuaçu
A passagem por Manhuaçu foi bem complicada para a cidade.
Motoristas tiveram que ter muita paciência para aguardar a passagem das peças.
Em vários locais, entre os bairros Ponte da Aldeia, Vila Deolinda, Bom Jardim,
São Jorge, Nossa Senhora Aparecida e São Vicente, foi preciso desligar a rede
de energia elétrica.
Uma equipe de uma empresa especializada fez a retirada de
placas, cabos e dos semáforos para liberar o trecho para as carretas. A
passagem por Manhuaçu terminou por volta de 13 horas.
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(Fotos: E.C.Sette / PR) |
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(Fotos: E.C.Sette / PR) |
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(Fotos: E.C.Sette / PR) |
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