Minas anuncia avanços na Educação, medidos pelo Proalfa
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(Imagem: Divulgação) |
O governador Antônio Anastasia e a secretária de Estado de
Educação, Ana Lúcia Gazzola, anunciaram, nesta quarta-feira (14/12), os
resultados do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) 2011. Nesta
edição, 88,9% dos alunos avaliados atingiram o nível adequado de letramento
(capacidade de ler e interpretar textos), um aumento de 2,7 pontos percentuais
em relação a 2010, quando o índice foi de 86,2%. A avaliação contempla todas as
crianças do 3º ano do ensino fundamental das escolas estaduais de Minas Gerais
e cobre também as redes municipais.
Ao parabenizar a secretária Ana Lúcia Gazzola e a equipe da
Secretaria de Educação, Anastasia classificou os dados positivos como resultado
da política educacional implementada em Minas Gerais nos últimos anos.
“Esses resultados refletem muito uma decisão tomada ainda em
2003, 2004, quando o Governo de Minas foi o primeiro Estado da Federação a
incluir as crianças de seis anos de idade na escola, o que melhorou muito o
nível de alfabetização. Na verdade, mais do que da alfabetização, da capacidade
de compreensão das crianças, que significa um letramento melhor e um futuro
jovem mais apto”, disse o governador.
Os resultados do Proalfa 2011 apontam também evolução no
percentual de alunos que já atingiram o padrão recomendado de desempenho. Em
2006, primeiro ano em que a avaliação foi aplicada, este índice era de 49%.
Comparativamente àquele ano, em 2011 registrou-se um crescimento de 81,4%,
conforme o quadro a seguir:
Índice de alunos* com padrão recomendado de letramento
Ainda de acordo com o Proalfa 2011, o número de alunos com
baixo desempenho caiu de 5,4%, em 2010, para 4,2%, em 2011, e no nível
intermediário de 8,5% para 6,9%, no mesmo período.
Segundo a secretária Ana Lúcia Gazzola, os números confirmam
a liderança de Minas Gerais no que se refere à qualidade da educação pública
nos cinco anos do ensino fundamental no Brasil.
“O mais importante é que os resultados alcançados em todos
os indicadores apontam na mesma direção positiva. Todos os modelos de avaliação
– Proalfa, Proeb, Prova Brasil – indicam que, de fato, a qualidade da educação
na rede pública está evoluindo. E isso nos deixa muito feliz, porque ela é um
instrumento de ascensão social e o maior instrumento de inclusão, de
transformação da sociedade”, destacou a secretária.
Alto índice de participação
Realizado desde 2006 pelo Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Estado de Educação (SEE), o Proalfa faz parte do Sistema Mineiro
de Avaliação da Educação Pública (Simave) e foi desenvolvido em parceria com o
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed), da Universidade
Federal de Juiz de Fora (UFJF), e o Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita
(Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O programa identifica os níveis de aprendizagem em relação à
leitura e à escrita dos alunos, sendo parte da estratégia da secretaria para
alcançar a meta de que em Minas toda criança saiba ler e escrever até os oito
anos de idade. Os testes são anuais e aplicados em todos os alunos das redes
estadual e municipais nas escolas urbanas e rurais e identifica o nível de
aprendizado de cada aluno. O intervalo entre a aplicação dos testes e o
resultado possibilita ações de intervenção na aprendizagem.
Plano de Intervenção Pedagógica (PIP)
Em Minas, os resultados das avaliações são utilizados pelos
educadores e gestores na definição de estratégias para melhorar o desempenho
dos alunos. Eles são apresentados às superintendências regionais de ensino, que
se reúnem com professores, diretores e especialistas para analisá-los e
elaborar o Plano de Intervenção Pedagógica (PIP), tendo como referência o
desempenho dos alunos. As escolas se apropriam dos resultados e convidam também
os pais e responsáveis para conhecer, discutir e participar das ações propostas
no plano.
Ana Lúcia Gazzola afirmou que a meta do Governo é eliminar a
presença de alunos com baixo desempenho e aumentar significativamente o número
de alunos no intervalo de desempenho superior do exame – o recomendado.
“Juntamente com as nossas equipes do PIP, as
superintendências organizam discussões em cada escola, que convoca o seu
colegiado para discutir os resultados e as intervenções que serão necessárias
para atacar os problemas que, eventualmente, a escola tenha”, explicou a
secretária.
A edição de 2011 do Proalfa avaliou 394.427 crianças na fase
de alfabetização da rede estadual e das redes municipais de ensino de todo o
Estado, sendo 143.326 da rede estadual e 251.101 das redes municipais. Este
ano, o teste, aplicado na última semana de setembro, contou com a participação
de 94,2% dos alunos – o mais alto índice registrado desde o início do programa,
em 2006. Em comparação com o ano passado, a participação dos alunos aumentou
quase quatro pontos percentuais.
Da mesma forma que na rede estadual, o conjunto das redes
municipais de ensino também alcançou importantes avanços na distribuição de
alunos por padrão de desempenho. Houve uma redução de 16,9% para 11,1% no baixo
desempenho e de 16,9% para 13,2% no desempenho intermediário. O desempenho
recomendado teve um acréscimo de 9,4%, passando de 66,3%, em 2010, para 75,7%,
em 2011.
Proalfa
O Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) avalia a
qualidade do ensino nas escolas públicas de Minas Gerais, municipais e
estaduais, para os alunos do 3º ano do ensino fundamental, de forma universal.
São avaliados também alunos do 2º e 4º anos do ensino fundamental, de forma
amostral. A partir dos resultados dos exames, gestores e professores sabem
exatamente onde há sucesso e onde se localizam as dificuldades dos alunos por
rede, por município e por escola.
O teste tem uma escala de 1000 pontos. Os alunos do terceiro
ano que alcançam até 450 pontos são classificados no nível baixo de desempenho.
Entre 450 e 500 pontos estão os alunos no nível intermediário e acima de 500
pontos estão os alunos no nível recomendável. Neste estágio, os alunos
conseguem ler frases e pequenos textos e começam a desenvolver habilidades de
identificação do gênero, do assunto e da finalidade de textos.
No caso do alunos da rede estadual, o Proalfa tem
registrado, ano a ano, uma evolução da proficiência média, que atingiu 603,8
pontos no nível recomendado em 2011 (589,8, em 2010, e 494, em 2006). Os
resultados também foram muito positivos nas redes municipais, que, de 2010 para
2011, apresentaram um crescimento de 26,6 pontos na proficiência média,
atingindo um total 563,20 pontos. O gráfico abaixo ilustra a evolução das redes
estadual e municipais:
São analisados em separado os resultados de todos os alunos
que tiveram baixo desempenho no Proalfa anterior. As avaliações também
registraram avanços no desempenho dos alunos em todos os níveis e em todos os
anos.
A avaliação censitária é uma avaliação nominal, que
identifica o nível em que se encontra cada aluno e possibilita intervir em sua
aprendizagem de forma pontual e individualizada, se necessário.
Com informações de Rafael Gomes – Agência Minas