Polêmica na eleição da UNSP em Manhuaçu
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Os escrutinadores Michelle Silva Ferraz, Gustavo Simim e Edvaldo Medeiros, com as candidatas Gláucia Rocha M. Dutra (Diretora) e Maria Aparecida da Silva Miranda (Coordenação) (Foto: Divulgação) |
A eleição que aconteceu nesta sexta-feira (23) para escolha
da nova coordenação da União Nacional dos Servidores Públicos Civis do Brasil -
UNSP de Manhuaçu foi marcada pela polêmica deste pleito não ser reconhecido
pela gestão anterior. Escrutinadores enviados pela Diretoria Executiva Regional
(UNSP-DER/MG) de Belo Horizonte encontraram as portas da sede deste sindicato
na cidade trancadas e não havendo ninguém para recepciona-los. Foi necessário
que estes escrutinadores e membros da diretoria que disputa a eleição
acionassem a Polícia Militar com o objetivo de arrombarem a porta. Foi chamado
um chaveiro para realizar este serviço sem que houvesse danos ao patrimônio da
entidade.
A polêmica gerada por esta eleição vem de outubro de 2011,
quando em Assembleia realizada na Capital no dia 29 daquele mês ficou decidida
a criação de uma Comissão Provisória responsável pela convocação de novas
eleições. Os membros da UNSP em Minas Gerais entendiam que as diretorias em
todo o Estado, cujo mandato já havia se encerrado, não tinham mais competência
para organizar este pleito.
Polêmica em todo o Estado
De acordo com Gustavo Simim, que veio de Belo Horizonte para
coordenar a eleição em Manhuaçu, a comissão criada durante a Assembleia, apesar
de ter se valido de todos os meios legais para sua composição, sendo inclusive
registrada em cartório, jamais foi reconhecida pelos membros da gestão
anterior. Gustavo é advogado da UNSP-DER/MG e já veio preparado para enfrentar
problemas durante esta eleição. Segundo ele, as demais sedes do sindicato
também enfrentaram problemas para a realização deste processo eleitoral.
Inclusive a sede do Diretório em Belo Horizonte teve problemas parecidos com os
encontrados em Manhuaçu.
O advogado contou que os trâmites necessários para que a
Comissão fosse legitimada apenas foram concluídos no dia 20 de janeiro deste
ano. Deste modo, no dia 03 de fevereiro foram abertas as inscrições das chapas
que iriam concorrer para a composição do novo Diretório e as novas
coordenações. Neste dia ficou também determinado que as eleições aconteceriam
no dia 23 de março, de 08 às 18 horas nas respectivas sub sedes de Manhuaçu,
Manhumirim, Betim, Sete Lagoas e Belo Horizonte. Para esta eleição apenas uma
chapa fez o registro, sendo este pleito apenas para homologar os seus membros
como os novos diretores e coordenadores do sindicato.
Além da ausência da antiga coordenadora da sub sede de
Manhuaçu, Carmem de Oliveira Brum, o advogado estranhou a ausência de Nilton
Tavares Elias, que na Assembleia realizada em outubro foi indicado membro da
Comissão Provisória para a sub sede de Manhuaçu. Nilton, que reside na cidade
de Simonésia, não foi localizado pelos escrutinadores para auxiliar na
coordenação desta eleição.
Apesar deste contratempo inicial, no entender dos
escrutinadores a eleição transcorreu na normalidade ao longo do dia. Ao final
da apuração, 31 funcionários públicos compareceram, sendo 30 votos para a
homologação da chapa e apenas um voto nulo.
Everardo C. Sette
portalrealeza@portalrealeza.com