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(Foto: Carlos Henrique Cruz / Portal Caparaó) |
A Câmara de Vereadores de Manhuaçu reempossou o prefeito
Adejair Barros no cargo durante a manhã desta terça-feira, 12, em sessão
extraordinária. Com base na determinação da Juíza Dra. Renata Bertolini, Renato
Cezar Von Randow voltou à presidência da Câmara e Jorge Augusto Pereira (Jorge
do Ibéria) passou à vice-presidência. Rômulo do Carmo Rodrigues, que esteve no
lugar de Renato da Banca, voltou à condição de suplente.
A cerimônia de posse foi rápida. Entre a assinatura dos
termos de posse e da dispensa do suplente, foram cerca de 50 minutos. Todos os
vereadores fizeram pronunciamentos. Na maioria, ressaltando o período do
Prefeito Renato Cezar e do Presidente Jorge do Ibéria e desejando uma boa
gestão a Adejair Barros.
Agradecimentos
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(Foto: Carlos Henrique Cruz / Portal Caparaó)
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Depois de ser reempossado, Adejair Barros fez um
pronunciamento emocionado. “Primeiramente, quero agradecer a Deus. Quero
agradecer a minha esposa, às minhas filhas e meus genros que estiveram comigo
nesse período, foram meio esteio. Quero também agradecer à minha mãe que, de
seus 82 anos, eu via a tristeza nos olhos dela por causa do meu afastamento.
Quero agradecer ao presidente desta casa que me substitui nessa jornada.
Sabemos da sua competência e tudo o que você fez não foi surpresa. Você mostrou
que é um administrador capaz. Também agradeço aos outros vereadores que sempre
confiaram em mim, me apoiaram e me ajudaram. Quero agradecer aos meus
verdadeiros amigos. Só nessas horas difíceis que você vê quem é quem”.
Milagre
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(Foto: Carlos Henrique Cruz / Portal Caparaó)
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Na sequencia, o prefeito de Manhuaçu explicou que foram seis
meses muito difíceis. Ele contou três passagens que o marcaram bastante e deu
um testemunho do que considera um milagre de Deus. “A primeira delas foi a
pergunta de uma jornalista: ‘Se eu estava sendo afastado por corrupção?’ – Eu
respondi: Não, em momento algum fui acusado de corrupção. O motivo foi um
entendimento de que eu teria sido omisso. A segunda foram os três dias após o
afastamento. Foram dias em que não consegui falar com minhas filhas. A terceira
foi ir à Igreja e não comungar. Por três semanas, eu não consegui. Eu imaginava
assim: mesmo tendo minha consciência tranquila, ficava achando o que alguém
poderia pensar de mim. Mas Deus operou um verdadeiro milagre na minha vida. Quando
completou um mês que eu estava afastado, toda terça-feira, na reza do terço dos
Homens, fui sorteado para levar a imagem de Nossa Senhora para casa. Tinha 176
homens e eu fui sorteado. Nunca ganhei um frango sequer em sorteio. A partir
daquele momento, quando recebi aquela benção, a minha vida voltou ao normal.
Graças a Deus, aquilo foi um verdadeiro milagre”.
Palavras do pastor
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(Foto: Carlos Henrique Cruz / Portal Caparaó)
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Adejair ressaltou várias mensagens e amigos que o visitaram
falando da confiança em sua inocência. No final, ele agradeceu ao
Tenente-coronel Rhodes, comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar e ao
Pastor Jorge, da Igreja Assembleia de Deus.
“O Pastor Jorge esteve comigo e me falou palavras de muita
fé no dia em que foi orar na minha casa. Ele contou uma história em que certa
vez um homem foi condenado à morte. Na prisão, este homem foi acertado por
muitas vezes com grandes pedras atiradas por carrascos. O réu suportou em
silêncio o terrível castigo. Nenhum grito se ouviu dele. Na sua condição,
compreendia que a desgraça havia caído sobre ele e que seus gritos de nada
serviriam.
Passou por ali um homem que havia sido seu amigo. Pegou uma
pequena pedra e atirou na direção do condenado. Somente para demonstrar que não
era do seu partido. O pobre condenado, atingido pela diminuta pedra, deu um
grito estridente.
O rei, que assistia tudo, ordenou que um dos seus lacaios
perguntasse ao réu porque ele gritara quando atingido pela pequena pedra,
depois de haver suportado sem se perturbar as grandes.
O condenado respondeu: as pedras grandes foram atiradas por
homens que não me conhecem, por isso me calei. Mas a pequena foi jogada por um
homem que foi meu companheiro e amigo. Essa lenda demonstra a dimensão da dor
que a ingratidão pode nos trazer, principalmente quando ela vem daqueles que
mais convivemos”, pontuou Adejair .
Ele informou ainda que vai analisar a situação da prefeitura
e que não iria antecipar qualquer mudança.