Professores não aceitam proposta e greve continua
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(Foto: Divulgação / Sind-UTE/MG) |
Após assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (31)
no pátio da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), os
professores ratificaram decisão tomada pelos sindicalistas em reunião ocorrida
durante a parte da manhã com representantes do Ministério Público Estadual
(MPE) e Secretaria de Estado de Educação. Também pela manhã, houve reunião do Comando Geral de Greve, no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA).
Durante a assembleia os profissionais da Educação decidiram manter
a greve, que já dura mais de 80 dias. Foi realizada uma votação simbólica,
ainda em plenário, e a seguir organizada uma passeata pelas ruas da área
central de Belo Horizonte.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação (Sind-UTE/MG), os professores não voltarão às salas de aulas enquanto
o Governo não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da
categoria.
Piso proporcional de R$ 712
Antes da assembleia o Governo de Minas apresentou aos
representantes do Sind-UTE uma proposta de aplicação do valor de R$ 712,20,
para uma jornada de 24 horas semanais, aos professores da educação que têm
Vencimento Básico (VB) menor que este montante, a partir de janeiro de 2012. O Governo
entende que este valor atende ao entendimento do que é estabelecido em acórdão
do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece piso salarial nacional para
professores da rede pública no valor de R$ 1.187,00 para uma jornada de 40
horas de trabalho.
Para o Governo os professores da educação básica têm uma
jornada semanal de 24 horas e a legislação prevê a proporcionalidade, deste
modo a aplicação do valor de R$ 712,20 como vencimento básico atende à
interpretação da Lei Federal.
Já os representantes do Sind-UTE reafirmam que o valor
proporcional não interessa à categoria e que a greve continuará por tempo
indeterminado.
Passeata
Após o término da assembleia, os professores estaduais seguiram
em passeata pelas ruas de Belo Horizonte. De acordo com a BHTrans, o trânsito ficou
bastante lento no entorno da Praça da Assembleia.
No fim da tarde cerca de cinco mil pessoas, conforme o
Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, e nove mil professores, segundo o sindicato,
passavam pela Rua Álvares Cabral, em direção à Praça da Liberdade, em protesto
contra a política do Estado para a categoria.
Nova Assembleia Estadual da categoria está marcada para o dia 8 de setembro. No dia da Independência, 7 de setembro, feriado nacional, o Sind-UTE organizará uma manifestação denominada de Grito dos Excluídos em diversos municípios mineiros.
Nova Assembleia Estadual da categoria está marcada para o dia 8 de setembro. No dia da Independência, 7 de setembro, feriado nacional, o Sind-UTE organizará uma manifestação denominada de Grito dos Excluídos em diversos municípios mineiros.
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