quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Professores não aceitam proposta e greve continua

(Foto: Divulgação / Sind-UTE/MG)
Após assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (31) no pátio da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG), os professores ratificaram decisão tomada pelos sindicalistas em reunião ocorrida durante a parte da manhã com representantes do Ministério Público Estadual (MPE) e Secretaria de Estado de Educação. Também pela manhã, houve reunião do Comando Geral de Greve, no auditório do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA).
Durante a assembleia os profissionais da Educação decidiram manter a greve, que já dura mais de 80 dias. Foi realizada uma votação simbólica, ainda em plenário, e a seguir organizada uma passeata pelas ruas da área central de Belo Horizonte.
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG), os professores não voltarão às salas de aulas enquanto o Governo não apresentar uma proposta que atenda às reivindicações da categoria.

Piso proporcional de R$ 712

Antes da assembleia o Governo de Minas apresentou aos representantes do Sind-UTE uma proposta de aplicação do valor de R$ 712,20, para uma jornada de 24 horas semanais, aos professores da educação que têm Vencimento Básico (VB) menor que este montante, a partir de janeiro de 2012. O Governo entende que este valor atende ao entendimento do que é estabelecido em acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), que estabelece piso salarial nacional para professores da rede pública no valor de R$ 1.187,00 para uma jornada de 40 horas de trabalho.
Para o Governo os professores da educação básica têm uma jornada semanal de 24 horas e a legislação prevê a proporcionalidade, deste modo a aplicação do valor de R$ 712,20 como vencimento básico atende à interpretação da Lei Federal.
Já os representantes do Sind-UTE reafirmam que o valor proporcional não interessa à categoria e que a greve continuará por tempo indeterminado.

Passeata

Após o término da assembleia, os professores estaduais seguiram em passeata pelas ruas de Belo Horizonte. De acordo com a BHTrans, o trânsito ficou bastante lento no entorno da Praça da Assembleia.
No fim da tarde cerca de cinco mil pessoas, conforme o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, e nove mil professores, segundo o sindicato, passavam pela Rua Álvares Cabral, em direção à Praça da Liberdade, em protesto contra a política do Estado para a categoria.
Nova Assembleia Estadual da categoria está marcada para o dia 8 de setembro. No dia da Independência, 7 de setembro, feriado nacional, o Sind-UTE organizará uma manifestação denominada de Grito dos Excluídos em diversos municípios mineiros.

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